terça-feira, 29 de setembro de 2009

TOP FIVE (Brasil)

Number 5 - Ana Paula Padrão

Number 4 - Natalia Guimarães

Number 3 - Giovanna Ewbank

Number 2 - Fiorella Mattheis

Number 1 - Nathália Dill


(hour concour - Monique Alfradique)


(Em breve, as gringas.)

sábado, 26 de setembro de 2009

Espelho meu

Ontem quando eu coloquei o post fiquei olhando a foto e pensado:
Quanto o vale o poder dos cosméticos e dos produtos de beleza; cremes, perfumes, maquilagem e todas essas quinquilharias que prometem beleza.

E vocês, olhando a foto do post anterior, o que acham?

Eu tinha uma teoria de que, uma vez feio, feio pra sempre. Pois bem, acho que minha tese fica ainda mais reforçada diante de tal quadro. Não adiantam cremes e todos esse produtos caríssimos para resolver o problema de pessoas 'fracas de feição'. Não há nada que resolva o problema das pessoas 'mal diagramadas'.
(Ah sim! A plástica! Tinha me esquecido dela.)

Claro que não dá pra você chegar pra pessoa que se entope desses produtos e dizer: “Olha não adianta esse monte de produto, não vai resolver o problema.” Até por que, o efeito desses produtos não se revelam externamente, mas internamente. A pessoa passa a se sentir mais bonita, e não realmente mais bonita aos olhos dos outros.

Recentemente um fotografo famoso, fez uma exposição de fotos de atrizes e modelos com e sem maquilagem. A mesma foto, só que em uma das fotos com maquilagem e outra sem. O resultado reforça ainda mais minha simples teoría. Quem é bonita, fica linda. Quem é desprovida de beleza, continua.


Tem um outro porem; quem vai dizer: “Nossa, como você está mais bonita!”, não vão ser os homens, porque esses não se ligam muito nessas coisas de cosméticos. Produtos de beleza pra homens não emplacam. Para os homens (heteros diga-se de passagem!), ou a mulher é bonita, ou é feia. Maquilagem e cremes ajudam? Claro que sim, mas não transformam feiúra em beleza.

E de feiúra, Eu Me entendo bem.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Dia da Titia


Hoje, dia 25 de setembro, comemora-se o Dia da Tia Solteira. A origem da data não é conhecida, mas a cada ano ganha mais divulgação. O fato é que hoje as solteiras não são apenas as que ficaram para titia, como costumava se dizer, mas sim mulheres que, por opção, privilegiam a carreira ou não têm pressa em oficializar um relacionamento.

Mas tem os outros casos...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Amigão

É um sujeito que está sempre te elogiando. Diz coisas que você gosta de ouvir. Ele é amigo de todo mundo – ops, hum isso é suspeito – O amigão é aquele que nunca diz não, mas na hora de fazer, não faz. Enrola, inventa uma desculpa e não faz.


Ele que ficar bem com todo mundo por isso nunca diz não ou nunca diz que não dá, que não pode ou coisa assim, sempre diz sim e sempre acaba te deixando na mão.

Ele adora bajular. Se você for com ele numa estréia, ele vai elogiar os atores, diretores e autor, mas na hora que sair do teatro vai dizer secretamente que não gostou da peça. Mas se você disser que gostou, ele também vai gostar.

Ele também adora gente importante. Para essas ele sempre diz sim. Um tipo bajulador interesseiro. Simpático, todo mundo fala bem dele e se ressente de alguma coisa que ele prometeu e não fez. As desculpas são sempre boas. Ele diz que alguém esteve doente, essa é uma desculpa clássica do amigão ou ele diz que teve que viajar ou aquelas outras que você já conhece.

Se você for um amigão, por favor fique longe de mim. Prefiro aqueles amigos que dizem a verdade. Às vezes é chato escutar a verdade, machuca principalmente se você sabia que alguém iria dizer aquilo, mas você achava que estava se dando bem.

O amigo é muito diferente do amigão. O amigão marca 20 vezes um café com você e nunca confirma. Marca de ir ao cinema e nunca vai. Marca de jantar e fura.

Amigão diz sim para todos os convites, mas nunca avisa que não vai poder ir. No dia seguinte ele, às vezes, manda um e-mail com uma daquelas desculpas.

Infelizmente há tantos amigões na cidade e tão poucos amigos. E quando você resolve ser sincero com alguém a pessoa fica chateada com você. Se você disser para alguém que não gostou de algo que ela fez, pode ter certeza de que ela irá jogar na sua cara daqui uns anos como uma mágoa e não como uma opinião de amigo. É difícil ser amigo, é muito mais fácil ser amigão.

Escrito por Duilio Ferronato

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Estamos todos unidos

Eu estava lendo um texto da Lya Luft na revista Veja, onde ela fala sobre a apatia das pessoas em relação as tramóias e roubalheiras dos nosso políticos. No texto ela diz que estamos todos anestesiados em relação a corrupção. Achamos normal, não incomoda mais.
Pois bem, vou além. (Sem querer rimar, mas já rimando.)


Acho que estamos apáticos em relação a VÁRIAS coisas. Ninguém questiona mais nada. Tudo é aceito com normalidade. Acabou a era dos protestos, passeatas e greves. Até a vaia não existe mais. Podem reparar, ninguém mais vaia. Se um artista apresenta-se em programa de auditório na TV, ficam todos ali batendo palma forçadamente, uniformemente, pra não destoar do geral, bem organizadinho, pra aparecer na TV todo mundo comportado e domesticado. Não tem quem comece a vaiar algo que desagrada, ou uma música mal tocada, um cantor que desafina na cara dura, um show playback (Ex: Madonna, Britney, Michael Jackson, etc.), ou uma personalidade que diz alguma besteira. Nada de vaias, e no final ainda batem palma pra qualquer besteirinha dita.

Se um canal de TV apresenta uma programação de baixo nível, ninguém boicota o canal. Se a grande maioria acha que programas como Big Brother são imbecilizantes, ninguém deixa de assistir. Afinal, “todos assitem, não vou ser eu a bancar o diferente”. Se achamos nossos políticos corruptos, não nos mobilizamos para resolver o problema. Afinal, “todos roubam, pra que reclamar.”

Enfim, são questões que eu tenho notado a bastante tempo, e lendo o texto da Lya Luft me deu esse 'estalo' em relação a apatia generalizada dos tempos de hoje. Será uma época da uniformização? Pra não destoar do geral, o medo de ser diferente?

Como diz a música: “Todos iguais, mas uns mais iguais que os outros.”

Vitimização


Por Ludy Amano

Pensando esses dias cheguei a conclusão de que o hábito de se fazer de vítima, coitadinho, algoz é uma das piores coisas que uma pessoa pode fazer a ela mesma. A auto-piedade gera uma cegueira descomunal nas pessoas, a pessoa praticamente se anula.

Quando não conseguimos enxergar nossas próprias sombras e damos um jeito de ficar colocando a culpa em várias outras coisas ou pessoas, perdemos a chance de enxergar em nós mesmos aquilo que estamos fazendo de errado, e aí perdemos a chance de crescer.

Você não deve se culpar sempre por tudo, pois isso também é péssimo, mas sempre que ocorrer algo ruim, por pior que seja, pare e reflita: qual é a minha parcela de culpa nisso tudo?

Conviver com pessoas que se fazem de vítima é extremamente difícil, pelo menos para mim. Acredito que muito desse comportamento vem da criação que a pessoa teve. Conheço pessoas assim e geralmente o comportamento dos pais dessas pessoas é muito similar. Os pais muitas vezes super-protegem esses filhos, acham que eles nunca estão errados e sempre tentam poupá-lo de tudo. Com certeza esses são pais que criam seus filhos para eles mesmos, ao invés de criar seus filhos para o mundo.

O primeiro passo para a vítima é reconhecer sua culpa e para de culpar os outros por seus erros.

Uma pessoa que se faz de vítima nunca vai conseguir extrair o seu máximo, nunca encontrará seu poder pessoal, ao menos que um dia assuma essa sombra e trabalhe para ser uma pessoa melhor.

domingo, 20 de setembro de 2009

Era pra ser sério?



Essa semana o que não passou despercebido foram as piadas e brincadeiras em cima da figura do ator José Mayer. Foi parar até entre os mais citados no twitter, o que rendeu curiosidade no mundo todo. As piadas são sobre a eterna imagem de galã que ainda persiste sobre o ator e os personagens que ele representa. Aquela figura do galã cinquentão que pega todas as menininhas. Acho que ninguém mais acredita, e quando acredita, coloca minhoca na cabeça dos coroas, que acham que podem com as gatinhas.
O que me chama mais atenção, é que isso já representa um desgaste em cima dessa imagem que a Globo tenta vender de todas as formas para um público cada vez mais próximo a internet, e mais longe das novelas do que a Globo gostaria.

Também reflete que autores ‘endeusados’, como Manuel Carlos, não estão mais com tanta sintonia com o público e a realidade dos dias modernos. (E haja gente do meio artístico pra ‘babar ovo’ em cima desses autores.)
O que era pra ser um drama-romântico, virou comédia.
Nem sempre o que a Globo quer empurrar goela a baixo funciona.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Férias à vista

Então fez-se o dilema:

*Fazer viagem de uma semana pra Porto Seguro.
Pode ser uma boa, mas como fiquei sabendo que minhas férias foram programadas pra daqui 13 dias, creio que ficou muito em cima para programar uma viagem desse tipo. Mas quem sabe...


*Passar alguns dias na Cidade Maravilhosa.
Boa também. Já conheço bem o Rio de Janeiro, mas nunca é demais. É sempre muito prazeroso passar uns dias no Rio; faz uma desaceleração na vida do paulistano passar algumas tardes em Ipanema.


*Ficar em São Paulo e fazer tour cultural.
Boa também. Seria mais econômico do que as outras duas opções. Faria com que eu conhecesse melhor minha cidade, posso ir a teatro, shows, bares, museus, etc. Mas aquele gostinho de férias não será como as outras duas opções acima.

(Tenho só 15 dias de férias)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Caçadores de anônimos

Será que num futuro bem distante, todos nós, que nos encontramos inseridos de uma forma ou de outra nesse mundo virtual (orkut, msn, twitter, facebook, etc.), iremos tentar fujir dela (virtualidade) com a mesma vontade que hoje vamos ao seu encontro? Ou será um caminho sem volta?


Será que após a 'Era das Celebridades de 15 minutos', o anonimato será o ideal de busca dos humanos?
Quando todos nós estivermos 'chipados', catalogados em uma Grande Rede (alguém disse O Grande Irmão?), mapeados por ultra-GPSs...
Seremos encontrados num click.
E aqueles que não estiverem catalogados na Grande Rede serão caçados por Blader Runners ou Agentes Smith como em Matrix?

Parece filme de ficção, mas está perto.

O olho que tudo vê


Já completou dois anos as reformas feitas no centro da cidade de Jundiaí. Como aconteceu em São Paulo, capitaneado pelo (bom) prefeito Gilberto Kassab, foi proibido propagandas e fachadas sem parâmetros arquitetônicos e urbanísticos no centro da cidade de Jundiaí. Acabaram aquelas placas de propaganda horríveis, aqueles outdoors esdrúxulos, que enfeiavam tanto a paisagem urbana. Diferente de São Paulo, aqui em Jundiaí descobriu-se que por baixo daquelas fachadas terríveis, escondiam-se prédios de arquitetura incrível. Prédios quase centenários estavam cobertos por fachadas das Casas Bahia. Em alguns prédios ainda se pode ver gravado na fachada o ano da construção. Museu ao ar livre. Poucos notam, mas isso é outra história... (Talvez nós brasileiros só gostemos de museu e arquitetura quando na Europa.)
A prefeitura da cidade exigiu que todas as fachadas dos prédios fossem revitalizadas, o que deixou ainda mais bonito.
Quem gosta de arquitetura agradece.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Não posso mais viver sem mim



Estou me deparando com uma situação estranha. Um espécie de preguiça para relacionamentos. Talvez por eu ter passado tantos anos sob forte pressão de namoros rígidos, em regime de 'semi-casamento'. Ou pode ser por ter conquistado uma liberdade da qual não consigo mais abrir mão. Quando digo Liberdade não tem conotação de promiscuidade, de querer ficar por aí pegando mulherada a rodo, ou cair na putaria. É mais pela liberdade de não estar disponível a toda hora. Por ter autonomia de fazer o que der na telha. Sair quando se está afim, e ir pra onde quiser ir. Respeitando minha individualidade. Eu me dou super bem comigo mesmo! (hahaha)

Claro que tem aqueles momentos de querer ter alguém ao lado pra dividir as coisas (boas), mas o preço é mais alto do que eu posso pagar atualmente. Também não acredito nesse papo de 'amizade colorida', por experiência própria, vai ter sempre um lado que vai exigir algumas coisas em determinado momento dessa relação. A conta demora a aparecer, mas um dia aparece, e o preço fica alto. Portanto, a preguiça só tende a aumentar. Eu tenho tentado jogar a preguiça de lado, tenho me esforçado. Mas também bate aquela insegurança, aquela sensação de que em algum momento a coisa vai desandar.




Agora com amizades a coisa é diferente. Não existe essa exigência que tem uma relação de namoro. Pode-se ter uma liberdade maior de ir e vir. Você pode passar um período distante e a coisa continua numa boa, se não melhor! Numa amizade o afastamento pode ser salutar. Sim, pois a proximidade constante pode gerar um desgaste que poderia ser evitado se não ouvesse aquele grude. Uma saturação de convivência, o que é muito comum entre família.

Não digo que essa situação que me encontro seja um caminho sem volta, mas acho pouco provável que a curto prazo as coisas mudem. Mas eu acredito!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Reflexo dos tempos


Por Fernanda Colavitti (Época)

Em menos de três anos, o Twitter deixou de ser uma ferramenta desconhecida fora dos círculos especializados para se tornar um dos maiores fenômenos da internet. A possibilidade de contar para o mundo em apenas 140 caracteres o que se está fazendo ou pensando – a cada instante – já atraiu mais de 40 milhões de usuários, cerca de 5 milhões deles no Brasil. E é cada vez maior o número de pessoas famosas tuitando. No mundo todo, cantores, atores, apresentadores e todo tipo de celebridade (ou sub) usam o microblog para falar diretamente com seu público. Muitos aproveitam o espaço para divulgar seus trabalhos. Outros, para mostrar que são “gente como a gente”. Neste último caso, com resultados nem sempre edificantes: como se nota ao navegar por alguns dos perfis de famosos no Brasil.

“O trovao eh o peido da chuva” e “Meu último relacionamento não deu certo. Ela me chamou de criança. Eu fui dormir tal irritado aquele dia q mijei na cama” são algumas das reflexões compartilhadas pelo apresentador Danilo Gentili com seus 310 mil seguidores. As 184 mil pessoas que acompanham as tuitadas de Bruno Gagliasso agora já sabem que o cachorro do ator dorme de olhos abertos e que a namorada dele quase vomitou assistindo ao programa No limite. Informação tão fundamental quanto as divulgadas no Twitter da cantora Cláudia Leitte, que costuma dar detalhes sobre sua vida doméstica a seus 122 mil seguidores, como: “Davi mordeu meu peito! Nossa, mãe! Já estou com medo da próxima mamada”.

Tudo novo, de novo.



Na noite de ontem foram entregues os prêmios da MTV americana, mais conhecidos com VMAs. Prêmio tradicional faz muitos anos, mas que de algum tempo pra cá vem sendo dominado por interesses teens. Ou eu estou velho? Talvez um pouco das duas coisas.
Beyonce foi a estrela da noite. Concorria em várias categorias, apesar de ter ganhado poucos prêmios; eu acho ser a mais talentosa dentre os muitos concorrentes. Teve espaço para o barraco de Kanye West, que subiu ao palco durante o agradecimento da Taylor Swift, pra reclamar que quem merecia aquele prêmio era a Beyonce (e ele tinha razão). Teve show da bizarra (mas que eu gosto) Lady Gaga. Teve apresentação da Pink ao estilo Cirque du Soleil. Teve premier do trailer do filme Lua Nova (Crepúsculo) O show da Beyonce que pôde comprovar que é hoje uma das grandes artistas do mundo do entretenimento. E no final mostraram o trailer no filme ‘This is It’, que mostra os bastidores do show que Michael Jackson vinha ensaiando antes de morrer.

Enfim, tudo como manda o figurino. Apresentadores querendo ser hiper-ultra moderninhos, falando gírias e piadinhas de gosto-duvidoso-para-adolescentes-semi-rebeldes. (O que eu acho cansativo; deve ser desgastante ser moderninho sempre.)

Eu nunca acreditei em competição musical. Acho que não cabe fazer competição com artistas, ver quem é melhor. A subjetividade entra em campo. Cada macaco no seu galho. Já escrevi nesse blog sobre isso.
Eu já ia dizendo que isso é coisa de americano, mas não é não. Eu não lembro, mas dizem que os festivais de música da rede Record nos anos 60/70, eram como finais de copa do mundo. Tem também o festival de San Remo na Itália, que existe há muitos anos. Enfim, acho que gostamos de uma competição, seja qual for.
Pensei: Artistas com mais de 30 anos dificilmente ganham prêmios como esse da MTV, porque será? Os antigos fãs abandonam os seus artistas favoritos? Quando eles passam dos 30 os novos adolescentes querem outros ídolos? Ou é a indústria do entretenimento que vive para fabricar novos ídolos para manter a maquina de fazer dinheiro bem lubrificada?

Ontem na MTV estava presente parte do elenco no filme Lua Nova, e como alguns sabem, o protagosnista-vampiro Robert Pattinson é o queridinho das adolescentes de hoje. Lembrei do Leonardo DeCaprio na época do Titanic, que era o rei das teens nos anos 90. Tá certo que naquele tempo o Leo já era um dos grandes atores da sua geração. Mas fica a comparação pra ilustrar que essa indústria do entretenimento vive de criar novos ídolos. Ou são os novos adolescentes quem precisam dos seus próprios ídolos?

Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Vale a pena ver de novo?


Hoje termina uma novela. Segunda-feira começa outra. Assim mesmo, sem folga pra respirar. Como sempre foi e sempre será.
Fico pensando; será que um dia esse ciclo acaba? Novela atrás de novela. Vejam só: quantas gerações já se passaram e esse formato (e horário!) de programa ainda se mantém intacto. As bisavós já assistiam novela, mas o que é pior, o formato feito no Brasil é o mesmo daquelas épocas; o vilão versus o mocinho. A boazinha que sofre na mão da malvada. O filho que é de outro pai. O casal que briga durante a trama, e que no final ficam felizes pra sempre. Os gêmeos que se odeiam. A boazinha que se vinga da malvada com uma bela surra. O malvado sempre se dá mal. O bonzinho se dá bem. Um crime que só desvenda-se no final. E por aí vai...
Tem também aquela parte da trama que corre paralela, que é a parte 'pastelão' da novela, a parte humorística da trama. Tem o núcleo sério, onde ficam os galãs, mocinhas e aqueles atores da velha guarda, os 'respeitáveis'. Tem a parte pobre e a parte rica. Tem também aquela coisa de fazer trabalho social, do tipo, mostrar pessoas com problemas psíquicos, problemas com drogas, álcool, as vezes eles mostram superficialmente os gays, as vezes portadores de deficiência. Sem falar daqueles bordões que tomam conta das conversas; Rare Baba, inchalá, e tantas outras bobeirinhas do tipo. É a rede Globo mostrando o seu poder sobre a cultura popular.
Será que um dia as pessoas não vão enjoar dessa repetição, dessa novela 'reprisada'?
Pelo jeito não. Vai mais algumas gerações.

Será que na próxima novela vai ter uma personagem que é a encarnação da maldade, e um outro que é o pobre coitado, que sofre na mão do vilão? Será?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Girl from Ipanema


(Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça.)
Ontem esteve molhando os pézinhos em Ipanema a atriz, cantora e princesinha, Jessica Simpson.
Ela estava gravando um programa para uma TV americana que aborda beleza ao redor do mundo.
Nos anos 60 Brigitte Bardot esteve em Búzios, e por esse motivo foi feita uma estátua em sua homenagem numa das praias da cidade.
Portanto, sugiro o mesmo tratamento para Jessica Simpson em Ipanema.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Deus nos livre de sermos mais um na multidão

Eu lembro de um tempo em que para a pessoa ser famosa tinha que produzir algo. Fosse no mundo das artes, do esporte, da política, ou em qual área fosse. Tinha que produzir algum efeito no mundo e/ou nas pessoas. Tanto para o bem, quanto para o mal.
Dê alguns anos pra cá a coisa se inverteu completamente. Agora em tempos do culto a celebridades, essa ordem se alterou; a pessoa tenta ficar famosa pra depois decidir o que vai fazer.
Vejam essas pessoas que saem de programas como Big Brother, vivem dizendo que “agora vão esperar as oportunidades aparecerem”.
Como assim? A pessoa não fazia nada da vida antes de entrar no programa?



Outro dia eu vi um ex-BBB (vejam que eles tem até denominação) dizendo que agradecia o carinho dos FÃS. Como assim? Fãs? Eu achava que pra ter fãs seria necessário ser alguém de relevância; cantor, ator, esportista, etc. Pois bem, ser famoso já rende fãs. Por isso tantas pessoas querem suas comunidades virtuais (orkut, twitter, facebook, blogs) cheias de amigos, seguidores, visitantes, e por que não dizer, “Fãs”.

Ser anônimo vai ser o mal a ser combatido daqui para o futuro.
Sigam-me!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Língua nervosa



Já ocorreu a você que, aquela mesma pessoa que a toda hora lhe vem falar mal de algum companheiro ou colega, pode ser a mesma que em sua ausência também fala mal de você?
Você pode pensar assim: “Poxa, se ele está falando mal de quase todos os nossos amigos, será que em minha ausência ele vai me poupar de sua 'língua nervosa'?”
Já percebeu que aquele que lhe conta uma fofoca de certa pessoa, quando se encontra com essa tal pessoa, finge abraços e sentimentos de carinho? Será que não finge com você também? Ou é apenas nossa forma de 'sobrevivência social'?

Sobre esse assunto interessante escreveu Bertrand Russell, no livro "A Conquista da Felicidade". Segue trecho abaixo:

Uma das formas mais universais de irracionalidade é a atitude tomada por quase toda a gente em relação às conversas maldizentes. Muito poucas pessoas sabem resistir à tentação de dizer mal dos seus conhecimentos e mesmo, se a ocasião se proporciona, dos seus amigos; no entanto, quando sabem que alguma coisa foi dita em seu desabono, enchem-se de espanto e indignação. Certamente nunca lhes ocorreu ao espírito que da mesma forma que dizem mal de não importa quem, alguém possa dizer mal deles. Esta é uma forma atenuada da atitude que, quando exagerada, conduz à mania da perseguição.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Homem Que Adora as Mulheres

Hoje acordei cedo, coisa que faço raramente devido ao meu trabalho. Mas hoje foi tudo diferente. Fui para o ponto de ônibus ainda com o sol tomando lugar na paisagem. As ruas molhadas devido a chuva da madrugada. Um certo bucolismo no ar. Aquela sensação de paz que nos invade sem sabermos por onde.



Meu ônibus chegou sem o atraso imaginado. Num feriado de 7 de setembro poucos se atreveram a acordar mais cedo do que eu, pensei. Já no ônibus, sentei-me no único banco que ainda não estava ocupado. E ao lado sentava-se uma garota muito bonita, que por alguma razão estava nesse que era o único banco disponível. Portanto, não foi uma escolha sentar-se ao seu lado, foi a única opção. Mas numa dessas coisas que são inexplicáveis, que acontecem sem previsão, assim que me acomodei em meu lugar, ela virou o rosto em minha direção, tirou os óculos escuros e disse:
“Te conheço de algum lugar?!”

Fiquei poucos segundos observando aquela garota de traços delicados, pele alva e ângulos expressivos, que de tão bonita me deixou um pouco constrangido, confesso. Simpaticamente me recompus e disse que lamentavelmente não me recordava, justo eu, que não esqueceria um rosto daquele de forma alguma, mas pra tudo existe uma primeira vez. Ela abriu um sorriso que ficava entre a vergonha e a desconfiança de que realmente não nos conhecíamos. Tentei melhorar a situação sugerindo que talvez nos conhecêssemos de algum curso, ou talvez qualquer balada por aí. Ela continuava com aquele sorriso encantador demais para uma manhã de feriado de 7 de setembro às 7:15; muito cedo pra tudo isso. Pelo menos pra mim. Não esperava. Não estava preparado pra lidar com uma aparição dessa, assim de repente. Imaginem só vocês!
Por um tempo eu ainda tentei fazer associações entre lugares que poderíamos ter nos encontrado, ou algo de tipo, mas logo desisti, passei a fazer perguntas mais pertinentes, tipo, em que bairro ela mora, onde estuda, trabalha? E assim pude ir me recompondo, tentando entender em que posição eu me encontrava. [Estava dentro de um ônibus (linha 940), sendo abordado por uma garota linda, que achava que já nos conhecíamos, às 7:15 de um feriado, indo para o trabalho, completamente desprevenido para uma situação dessa. Distraído para o flerte.]



Durante o curto trajeto do ônibus, pude descobrir que ela trabalha no shopping, tem 25 anos, não gosta de balada, que prefere barzinho, também quis saber que livro era aquele que eu estava levando comigo, disse que eu pareço ser mais novo que a minha idade, que não acha tão ruim em ter que trabalhar nesse feriado, até porque, todos em sua família iriam trabalhar hoje, enfim...
Claro que trocamos números de celular, tanto que a pouco enviei-lhe uma mensagem dizendo que estava surpreso em conhecer uma garota tão bacana e bonita num banco de ônibus em pleno feriado. Acabou de responder que também adorou me conhecer, que tem certeza que me conhece de algum lugar.

Poder ser, mas isso é uma outra história.

domingo, 6 de setembro de 2009

O além da tela



Sempre tive interesse por filmes que fossem além do que os olhos vêem. Aqueles filmes que aparentemente não nos apresentam muitas coisas a ‘olho nu’, mas que com uma observação mais criteriosa e um olhar mais aguçado, descobrimos coisas incríveis nas suas ‘entrelinhas’.

E geralmente são esses os filmes mais controversos, pois aqueles que estão cegos para esse olhar mais aprofundado, essa observação mais cuidadosa dos aspectos que vão além do que se vê na tela, esses não gostam de tais filmes, e faz com que aqueles que conseguem enxergar as profundidades do mesmo filme, adorem.



E muitas vezes por não conhecerem esses aspectos que o cinema nos oferece, ou por não exercitarem esse lado mais observador, essa viagem dentro do filme, algumas pessoas acabam por não descobrir mais um dos grandes baratos que é o cinema e as suas linguagens (e por que não; metalinguagem.)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"LOOP"



“Uhu! Enfim, um final de semana prolongado!”

Não que a frase escrita acima reflita meu estado de espírito diante de mais um feriado. No meu caso é irrelevante, pois irei trabalhar nesta segunda-feira, 7 de setembro. É que essa foi a frase que eu mais encontrei em blogs e twitters por aí no dia de hoje.
Capaz de alguém pensar que eu tô triste com esse feriado prolongado, ou que eu esteja chateado por ter que trabalhar na segunda. Não é assim. No caso, quem pediu pra trabalhar fui eu. (Extra = Dinheiro + folga) Não tenho nada de muito emocionante pra fazer nesse feriadão. Provavelmente seja um (bom) fim de semana como outros de tantos; minhas corridas matinais no parque, almoço em família, cinema, talvez um barzinho ou um café, futebol na TV, DVD, livros, internet...
O que me chama a atenção é, como a aproximação do fim de semana desperta em algumas pessoas uma certa surpresa, um estado de êxtase tão grande; pode ser devido a uma grande viagem programada a muito tempo, uma grande festa, o reencontro com alguém querido, ou comemorações inequecíveis. (Mas esses não podem acontecer durante a semana?) No mais, acho que acostumei com esse ciclo constante e imutável; a segunda-feira sempre odiada, o decorrer da semana e a espera pela sexta a noite. Um ciclo ao qual dou o nome de VIDA. Ou para os pessimistas, rotina.

Pra mim, de segunda à segunda, vai tudo bem.


('Loop' é uma palavra inglesa, que originalmente significa “aro”, “anel” ou “sequência”, e que no contexto da língua portuguesa é usada com este último significado.)

Ressaca Moral



Por Valdemar Augusto Angerami

Nem sempre são felizes ou bem-sucedidas as tentativas de aliviar a solidão a qualquer custo. Hoje, muitas pessoas dispostas a procurar companhia encontram alguém num bar, saem, conversam e vão fazer amor. E depois? E a ressaca moral que isso deixa? Se essa pessoa tiver alguma lucidez perceberá que, para suprir uma carência, procurou alguém que não tinha nada a ver consigo. Resultado: uma carência ainda mais sentida, a sensação de solidão crescendo e o vazio à volta ficando maior. Ela pode justificar-se argumentando que só queria mesmo prazer, satisfazer a excitação física. Mas se fosse só pelo prazer físico, o outro seria até dispensável, a masturbação bastaria. Mais correto é pensar que essa pessoa procurou outra para sentir, nem que fosse por breves momentos, que tinha significado para alguém. Tanto isso é verdade que nem uma prostituta vai direto ao ato sexual. Ela faz o possível para que o sujeito que a procura passe a sentir-se desejado e viril. Porque, de alguma forma, ela sabe que aquele indivíduo não busca só satisfação física.

Quando o sentimento de solidão ameaça torna-se aniquilador, quando se transforma numa sensação que aprisiona o coração e a alma, o remédio é ir intensamente encontrar pessoas e situações, mergulhar por inteiro num novo projeto, numa empreitada. Pode ser desde pintar um quadro a assumir uma atuação política duradoura. É preciso sair, de alguma forma, de si.
E nessa busca não há receitas nem modelos bons para todos. Até porque a saída muda em cada fase da vida. Quando um adolescente anda por aí fazendo um enorme barulho com a sua moto, está dizendo: “vejam, eu existo, tenho um significado”. Mas essa significação será muito diferente para o empresário que já tem dez empresas e luta para chegar às vinte ou para o político cuja meta é ser presidente da República.

Não é desprezível o fato de um número cada vez maior de pessoas se queixar da solidão. Pelo menos em parte, deve ser devido ao empobrecimento pelo qual passam as relações interpessoais, talvez pelas condições da própria vida moderna, que aglomera indivíduos sem a menor afinidade entre si. Ao mesmo tempo, o crescimento da tecnologia não trabalha exatamente a favor de relações. Nas cidades do interior, toda a gente ainda se conhece. Nas grandes cidades, quem mora num prédio não sabe quem são os vizinhos de porta; cada um conserva-se insensível às alegrias e ao sofrimento do outro. Cada um se fecha em seu próprio sofrimento e ali fica. Com isso, alimenta-se a sensação de que todos estão ótimos, só eu é que sofro.
E se vamos ao encontro do sofrimento do outro e ele bate com a porta na minha cara, me rejeita? Parece que ninguém quer nada com ninguém. Essa aparente hostilidade pode ser o estímulo para fazer alguma coisa a favor da transformação das relações, de maneira a quebrar as barreiras da solidão. O que pode ser um ótimo começo para quem dá a sua contribuição pessoal ao mundo e, assim, faz com que a sua própria vida ganhe um sentido maior.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Transformando-se num exemplo

Já aconteceu de alguém chegar pra você e dizer assim: “Você tem que aproveitar mais a vida”?
O que a pessoa quer dizer com isso?
Cuidado! Talvez seja a vontade de fazer da sua vida um reflexo da vida daquele que lhe diz uma frase dessa.



Se a pessoa que lhe diz é um intelectual, está querendo que você comece a lêr livros, ver filmes de arte, ou comece um estudo sobre filosofia ou algo do tipo.
Se a pessoa que lhe diz isso é um baladeiro inveterado, ele quer que você caia no mundão, que descubra as maravilhas de passar as madrugadas em inferninhos, lugares que tocam música de gosto duvidoso e com doses de alcool extra na cabeça.
Se quem lhe diz a frase é um esportista, vai querer tirar você da cama todos os dias às 6 da manhã para uma corridinha pelos parques da cidade.
Se for um amigo religioso, vai querer que você participe da missa todos os domingos. Religiosamente.
E se quem lhe diz é aquele amigo 'semi tarado'...
E assim por diante.


Já aconteceu de alguém chegar pra você e dizer: "A vida é sua. Estrague-a como quiser"?
Pois é, não sou eu que vou fazer isso.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tirar o Coelho da cartola

(Foto tirada no exterior. Alguma dúvida?)

Porque que Paulo Coelho e o autor mais odiado pela crítica brasileira?
Eu sei as respostas, mas prefiro não entrega-las sem antes fazer algumas colocações.

Existe uma máxima antiga que diz que no Brasil fazer sucesso é pecado. Visto com maus olhos; sucesso é de quem se entregou ao comercial.
Será que os críticos americanos também pensam isso sobre Sthefanie Mayer (da série Crepúsculo)? Ou J.R.R. Tolkien (Senhor dos Anéis)? Ou JK Rowlings (Harry Poter)?
Creio que não. Nos EUA, país que mais consome livros no mundo, a literatura de entretenimento convive pacificamente com a literatura erudita. Tudo lá está em nichos, em universos separados, tem seu público específico; ninguém 'atravessa' o espaço do outro.

Acho que 'odiamos' tanto Paulo Coelho porque somos complexados. Isso mesmo! Queremos só erudição dos nosso autores. É aquela coisa assim; “Se somos do terceiro mundo, então pelo menos vamos ser mais intelectuais do que os do primeiro mundo. Vamos então nos 'afrancesar'. Aqui tem que ser tudo mais refinado. Veja a nossa bossa nova, a MPB; queremos um Brasil intelectualizado a força. Portanto, Paulo Coelho é nosso filme queimado.”
E quando não são autores eruditos, pelo menos devem ser alternativos, do underground, mas nunca muito populares; não de puro entretenimento.

Quem mete o pau em Paulo Coelho é o mesmo cara que mete o pau em novela, já reparam?
Eu não leio Paulo Coelho, já li na adolescência, mas hoje é o tipo de literatura que não me interessa mais. Também não vejo novela faz um bom tempo. São produtos populares? Sim, claro.
Mas eles não precisam existir?



E se o Michael Jackson fosse brasileiro?
E se a Madonna fosse brasileira?
E se o Steven Spielberg fosse brasileiro?
E se J. K. Rowlings fosse brasileira?

...o Paulo Coelho é brasileiro, "infelizmente".


(Esse texto também vale para os casos de jogadores brasileiros, que no exterior são tratados como gênios, e aqui são alvo de preconceito e piadas. ...e esse texto também vale para mim, que durante a escrita pude rever alguns (pre)conceitos.)