quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Fingindo-se de trouxa pra ter fama de gente fina.



Você já teve que se passar por babaca para aquele que te engana, ou mente, achar você uma pessoa legal?
Pois é... São incontáveis as vezes que tenho que fingir que não percebo, ou fazer que estou acreditando, para aquele que tenta me enganar manter a opinião de que sou um cara bacana.

Agora, experimenta dizer pra essa pessoa: “deixa de ser mentiroso”, ou “quem você acha que engana?”, ou então, “para de ser falso!”. Com certeza sua fama de grosso e estúpido vai lá nas alturas.

O negócio e fingir-se de morto.

(Não consegui terminar 2009 sem dar uma 'espinafrada')

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Dois Mil e Dez

Amanhã é o último dia do ano. Incrível. Parece que o ano nem começou e já termina. A vida está ficando rápida demais, e eu tenho a impressão que aproveita-se de menos. Mas por outro lado, nessa época é um bom período para fazer balanços do que passou, e o principal, criar metas para o que pode vir. Eu não tenho muito esse hábito, mas acho válido. Faço as coisas todas de última hora; decido assuntos importantes em poucos minutos, programo viagens com algumas semanas de antecedencia, tudo no impulso. Utilizando os beneficios de ser solteiro e não ter que prestar contas a ninguém.



Se 2010 for como 2009, já será bom, mas pode melhorar. Pretendo fazer mais viagens nesse ano. Gastar menos dinheiro. Ler mais livros. Conhecer mais pessoas. Conhecer mais lugares. Depender menos de internet. Criar vínculos duradouros. Manter o peso estável praticando mais esporte. E desejar a todos que lem esse blog um feliz 2010.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Più Bella


Foi o DVD/CD desse show que ganhei de natal do meu irmão. Pena que no DVD não tem trechos dos shows do Brasil. Somente no CD é que aparece uma música gravada no show de São Paulo.
Agora só fico torcendo pra ela voltar logo, pois são pouquíssimos shows que eu assistiria novamente, e esse é sem dúvida um deles.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

(des)influente


Dê uns tempos pra cá tenho reparado com um olhar mais aguçado, as pessoas que sofrem do 'desejo de influenciar.' Querem de uma forma ou de outra (amistosamente ou forçadamente) não só mostrar o seu gosto e ponto de vista, mas que os outros compactuem com a sua visão. Ficam chateadas se você não gosta das mesmas coisas que elas.

Acredito que seja uma energia desperdiçada. Pois impor o seu gosto aos outros é o mesmo que acabar com o assunto. Prefiro dialogar com quem pensa diferente, que tem gostos diferentes, acho mais enriquecedor; deixo-me aberto pra ser surpreendido por um ponto de vista novo.
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O pior é quando a pessoa não tem opinião de nada. Terrível. Já tive experiências de ter conversas com quem não sabe de nada, 'nunca ouviu falar', 'não faz a menor idéia'. Ou então, depois de você explanar sobre determinado assunto, essa pessoa vira pra você e diz; “Ai, é fogo né.”

Não tem nada pior do que depois de você se aprofundar num assunto, elocubrar, exemplificar, e o seu interlocutor lhe devolve uma brochante: é fogo. Você fica ali, tudo cheio de esperança que esse alguém lhe diga algo diferente, interessante, um outro ponto de vista, um novo olhar, e esse tal lhe devolve: É fogo. Joga um balde de água fria e apaga o fogo da conversa.

domingo, 27 de dezembro de 2009

O homem que ama as mulheres

Esse final de semana passei escutando duas mulheres que amo.

Uma é a cantora, compositora, produtora, arranjadora e pianista, Alicia Keys. Lançou novo CD que dá um passo adiante em relação aos seus trabalhos anteriores. Um álbum mais maduro e com composições melhores.


A outra é a italiana e fofíssima Laura Pausini. Lançou CD + DVD ao vivo da última turnê mundial (World Tour 09) que passou pelo Brasil em outubro, no qual pude ir assistir no Credicard Hall. Vale pelo registro dos shows aqui no Brasil, e pra eu guardar na prateleira de CDs e na memória.

Three D


E se fosse inventado um óculo 3D para as pessoas usarem no dia a dia?
Não com a mesma finalidade desses feitos pra usar em cinemas, para ver filmes produzidos em três dimensões. Mas com a finalidade de fazer com que as pessoas enxergassem a vida por ângulos diferentes, com novas possibilidades, não só com aqueles ângulos em que elas já estão acostumadas.

(Mas creio que não seria um sucesso comercial. Tem pessoas que estão bem assim mesmo, 'mono dimencionais'. Meu tino comercial nunca foi muito bom.)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Cansado, pero no mucho


Nesses dias que precedem o natal e o final de ano, minha vontade de escrever no blog diminuiu drasticamente, seja pelo meu cansaço físico e metal, que nessas datas se acentua, ou seja pelo fato de que nessa época há um volume enorme de informações circulando pela web, o que faz minha vontade de ser um a menos no universo da rede.
Mas isso não significa que minha curiosidade e interesse pelos assuntos diminua, pelo contrário, são nesses períodos que 'armazeno' mais conhecimento, desejo e interesse.

Há algum tempo venho me interessando por personalidades brasileiras: Drummont de Andrade, Villa Lobos, Santos Dumont, Burle Marx, Oscar Niemeyer e tantos outros que nos orgulham. Com isso cria-se um desejo quase que escravisante/constante por estar sempre em busca de conhecer; só peço que em 2010 esse desejo aumente cada vez mais. O meu combustível para a vida é esse, conhecer.

*

Ontem finalmente eu assisti “Bastardos Inglórios” de Quentim Tarantino. Não sei bem se gostei. Algumas partes do filme são puramente 'Tarantinescas', outras não, e isso é que é estranho. Algumas partes ficaram sem referência, não parece filme do Tarantino, não parece com nada, deixa o espectador sem parametro, o que por um lado pode ser legal, mas...sei lá. Ainda pode ser que eu venha a gostar.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Burle Marx (Gênio Brasileiro)



"Não tenho medo de errar. Erro a gente pode corrigir. Tenho medo é da fórmula. Se eu fosse fazer uma coisa perfeita, nem tentaria começar. O importante é ter curiosidade. Daí eu gostar da vida como uma criança que recebe um brinquedo novo, que inclusive quebra para saber como foi feito. A gente destrói para depois reconstruir". (Burle Marx)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain



"- Ela parece distante... talvez seja porque está pensando em alguém.

- Em alguém do quadro?

- Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos.

- Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes.

- Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.

- E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem?"

(Pensamento do Filme- O Fabuloso Destino de Amélie Poulain)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Desejo de Status



Segundo o escritor Oscar Wilde, só há duas tragédias na vida: uma é não se conseguir o que se quer, a outra é conseguir. E das duas, a pior delas – um verdadeiro drama - é exatamente a última: conseguir o que se quer.

Ironias à parte, mas no fundo no fundo, o escritor inglês tem toda razão ao dizer que, realmente, é uma verdadeira tragédia, quando o sujeito faz do seu ofício diário - do seu objetivo de vida - a procura pelo status.

Status, palavra derivada do latim “statum”, nada mais é do que o valor e a importância de uma pessoa aos olhos do mundo. Importância essa tão bem descrita por uma das entidades do escritor Fernando Pessoa, o Álvaro de Campos, quando disse: “Começo a conhecer-me. NÃO EXISTO. Sou o intervalo entre o que desejo e os outros me fizeram...”. Então, está explicado por que Sartre anunciava: “o inferno são os outros”.

E vive, sem dúvida, num inferno, quem tanto procura o status. O escritor e filósofo suíço, Alain de Botton, interessado no tema, escreveu um livro com esse título: “Desejo de status” e, logo na primeira página, brilhantemente, nos adverte: “É uma preocupação tão perniciosa que é capaz de destruir grande parte de nossa vida. Movidos por ela... podemos perder nossa dignidade e nosso respeito próprio. O desejo de status possui uma capacidade excepcional de inspirar sofrimento”.
E por que isso acontece? É simples. Ao lutar por toda uma vida, para ocupar um cargo importante, que lhe dê projeção, poder, fama, adulações, risos (mesmo nas piadas de mau gosto), deferências, etc, etc... quando consegue isso, o sujeito nem sempre está preparado para exercer o cargo. E aí, vem a tragédia. Vem a cobrança: “Você pode até ter boas intenções, mas é um incompetente. Falta-lhe pulso!”.

Aí o sujeito, se desespera, pois começa a perceber que aos olhos do mundo a sua farsa está sendo descoberta: “Eu quero o poder, o cargo, mas sei que não estou preparado para ocupá-lo. Eu lutei tanto (mas, não foi o bastante). Toda a minha vida foi para isso. Não posso perder. Não posso perder!”.

Ao viverem, portanto, esse drama de consciência – e vivem mesmo e não tenho nenhuma dúvida -, os desejosos de status sofrem. E isso está estampado na face de cada um, só não ver quem não quer. Conheço muitas e muitas pessoas que estão passando por esse problema: incompatibilidade da “competência” com o espaço que ocupa. Gostaria imensamente de ajudá-los. Mas, não sei como abordá-los. Talvez, fosse o caso de lhes mostrar que a principal causa que faz com que o indivíduo queira ser um vip, um famoso, seja a sua total falta de amor. De amor próprio.

Pois, quem se ama não se importa se está vestindo roupa de uma grife não famosa; quem se ama não se importa se o seu carro é ou não o do ano; quem se ama não se importa se vai ou não viajar; ou seja, quem se ama, não precisa dos olhos dos outros para guiar a sua vida.
(...)

(Francisco Edílson Junior, Professor do Departamento de Cirurgia da UFRN.)


Estou relendo esse livro. Um dos melhores livros sobre esse assunto. Muito bom.

*

E como um assunto puxa o outro; também estou lendo um outro livro que fala sobre o comportamento do consumidor, onde destaco esse trecho:

“Marketing social é a gestão estratégica do processo de mudança social a partir da adoção de novos comportamentos, atitudes e práticas, nos âmbitos individual e coletivo, orientadas por princípios éticos, fundamentados nos direitos humanos e na eqüidade social. O termo é empregado para descrever o uso sistemático dos princípios e métodos do marketing orientados para promover a aceitação de uma causa ou idéia, que levem um ou mais segmentos populacionais identificados como público-alvo a mudanças comportamentais quanto à forma de sentir, perceber, pensar e agir sobre uma determinada questão, adotando a respeito novos conceitos e atitudes”.

Resumindo; são os profissionais de marketing criando na sociedade um novo desejo (consumir), um novo modo de ver o mundo, de ocordo com o que eles 'precisam' para vender um novo produto ou idéia.

Percebeu como eles nos pegam?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O pseudo intelectual e a crítica burra.

Ambos andam de mãos dadas, acompanhados, ou melhor, acompanham o mesmo ser em que co-habitam.
Primeiramente vive o pseudo intelectual, aquele ser que geralmente leva uma vida igualmente pseudo burguesa, na pior denominação do termo.
Aquele que acha bacana freqüentar locais da moda porque ‘pega bem’. Gosta de roupa de grife cara e de preferência que apareça a marca bem evidente. Diz que adora teatro e cinema, mas raramente freqüenta. Só vai a museu quando está na Europa, porque acha chique. Não gosta de brasileiro, e sempre o estrangeiro é mais bacana.

A sua crítica é burra porque é rasa, não sabe se aprofundar no assunto que critica. Acha todo político ladrão, mas não lembra em quem votou, e não sabe nada sobre política. É um crítico de ocasião, não conhece bem o que critica, mas leu na Veja.


Geralmente se acha superior. Tem aquela visão elitista, em que ele se sente como raça superior, um eleito dentre vários. Ele também acha o Silvio Berlusconi melhor que o Lula, porque um é italiano e o outro é nordestino; o Obama é negro, mas é americano, então ele perdoa.

Pois é... esse tipo tem mais do que a gente imagina.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O gênio modesto


Com uma festa discreta, arquiteto Oscar Niemeyer comemorou seu aniversário de 102 anos nesta terça-feira, no Rio de Janeiro. O arquiteto, que esteve internado em setembro e passou por duas cirurgias, falou sobre como se sente em relação à idade atual. "A gente olha para trás e vê tanto trabalho. A vida é complicada demais. Passo por ela sem problemas, felizmente. O homem tem que ser fraternal. Temos que olhar o outro e caminhar junto. Sou igual aos outros. Não vejo nenhuma qualidade demais em mim não. Apenas trabalhei e tive algumas ideias aproveitadas", disse. Niemeyer ainda tentou ser humilde na cerimônia: "apenas procurei ser útil". (Terra)

**

Se um homem como esse é modesto, quem ousa não se-lo?

domingo, 13 de dezembro de 2009

Amor pelo cinema


Ontem eu fui ao cine ver Abraços Partidos. O novo filme do diretor espanhol Pedro Almodovar, do qual sou fã. Toda vez que vamos ver ou ouvir o lançamento de um novo trabalho de um artista que gostamos muito, fica sempre aquela pontinha de “será que esse vai ser bom também?” É o medo da decepção nos rondando.
Mas com Almodovar isso é bem difícil de acontecer. No caso dessa sua mais recente produção, trata-se de um filme tipicamente 'Almodovariano'. Tudo está lá como sempre; as cores, os diálogos maravilhosos, o excesso, a comédia, o drama, o suspense, tudo junto misturado, sem saber quando termina um e começa o outro. E assim se faz um bom filme de Almodovar, a coisa dá liga e funciona perfeitamente bem.
Esse não é o melhor filme de Almodovar, mas também está bem longe de ser o mais fraco.
Acho que Almodovar e Penelope Cruz juntos, nunca vão dar errado.

(*Penelope Cruz está fora de série, em todos os sentidos.)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Alfajor

Esse video é muito legal, pois mostra passo a passo como são feitos os melhores alfajores do mundo.



Nas vezes que estive em Buenos Aires, é muito comum encontrar lojas da Havanna pelas ruas do centro e nos shoppings, recomendo esse alfajores, pois realmente são um dos melhores que existem. Um dos melhores, pois existem outras marcar tão boas quanto e com preços mais baixos. Se você for a Bs As e estiver andando pelas ruas centrais, e se deparar com os famosos 'Kioskos Open25hs' entre e descubra outras marcas de alfajores. Claro que grande parte não é de grande qualidade, mas vai aí uma dica: "El Cachafaz", uma marca de alfajor muito parecida com Havanna e de qualidade ótima e com preço melhor. Se você tiver a curiosidade de entrar em algum supermercado (Na Recoleta, próximo ao cemitério, existe uma rede de supermercados chamada 'disco', com muuuitos alfajores), pode encontrar outras marcas, como o 'Negro', que também é muito bom e com preço imbatível (pacote com 6 alfajores por 7,00 pesos).
Mas se o seu problema não for dinheiro, compre várias caixas de Havanna.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Fotocelular

É cada vez maior o numero de pessoas que experimentam tirar fotos legais usando câmeras de celular. Eu venho fazendo isso há algum tempo:
(Foto tirada na Rod. Bandeirantes, vindo de São Paulo pra Jundiaí; não foi usado nenhum recurso. 04/2007 - 1.3 Megapixels Nokia)

Alguns desses celulares tem recursos para tirar fotos muito boas, mas nesse caso o que vale e fazer uso da criatividade, e perceber que basta um olhar sensível e um foco interessante pra tirar fotos incríveis.
(No centro de Jundiaí em 2007; sem uso de nenhum recurso; 1.3 Megapixels Nokia)
(Centro Jundiaí; pela janela da cozinha donde trabalho; sem uso de recurso; Nokia 3,2 megapixels.)
(Santander Cultural, Porto Alegre; sem uso de flash e modo sépia. Nokia 3,2 megapixels.)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Super Sincero


”Porra cara! Cê sumiu meu!?”
”Não cara, tô sempre nos mesmos lugares.”
”Ah, mas nunca mais te vi!”
”Pois é né...”
”Mas fala aí, por onde você anda? O que cê tá fazendo?”
(Porque certas pessoas ficam interessadas no que você faz na ausência da ‘supervisão’ delas?)
”Ah, tô fazendo as coisas que sempre fiz... Casa-trabalho-casa-bar-cinema-café-casa-trabalho...”
”Mas fala sério meu, nunca mais você apareceu!”
”Eu não desapareci não, só não vou mais nos mesmo lugares que você.”
”Mas o que aconteceu? Alguém te fez alguma coisa?”
”Não, tá tudo bem, eu só não vou mais nesses lugares que vocês vão, só isso...”
”Ah, então tem mulher na parada hein malandrão?!...hahaha.”
”Tem sim.”
”Eu sabia! ...me conta aí.”
”Não, deixa pra lá...”
(Porque tanto interesse?)
”Ah, deixa disso cara, pode contar... é casada?”
”Deixa pra lá...”
”Porra cara, cê tá chato hein!”
”Quem, eu?”

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Andar a pé


Véspera de um dos muitos feriados em 2009 e a insana tarefa de mover-se de um bairro a outro em São Paulo para uma reunião de trabalho. Claro que a cidade já tinha travado no meio da tarde. De táxi, pagaria uma fortuna para ficar parada e chegar atrasada, pois até as vias alternativas que os taxistas conhecem estavam entupidas. De ônibus, nem o corredor funcionaria, tomado pela fila dos mastodônticos veículos. Uma dádiva: eu não estava de carro. Com as pernas livres dos pedais do automóvel e um sapato baixo, nada como viver a liberdade de andar a pé. Carro já foi sinônimo de liberdade, mas não contava com o congestionamento.

Liberdade de verdade é trafegar entre os carros, e mesmo sem apostar corrida, observar que o automóvel na rua anda à mesma velocidade média que você na calçada. É quase como flanar. Sei, como motorista, que o mais irritante do trânsito é quando o pedestre naturalmente te ultrapassa. Enquanto você, no carro, gasta dinheiro para encher o ar de poluentes, esquentar o planeta e chegar atrasado às reuniões. E ainda há quem pegue congestionamento para andar de esteira na academia de ginástica. (Amália Safatle)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dezembro

No mês de dezembro, além das pessoas ficarem com o coração mais mole, mais carinhosas e sensíveis, ficam ainda mais consumistas. E pra quem trabalha na área comercial, isso fica mais evidente.



Não sei se é só pelo fato de eu trabalhar na área comercial, ou por outro motivo qualquer, mas a cada dia que passa fico menos consumista. Acho que a pessoa que compra em demasia apresenta algum tipo de problema de ordem psicológica. Não quero dizer com isso que eu esteja isento disso, mas o fato de estar atento para o consumismo que nos é imposto já é um ótimo sinal.
Você já notou que a cada dia é criado uma nova 'necessidade' para vivermos felizes?

Celulares, camêras, DVDs (agora é pra gente comprar o Blue-ray), Ipod, Iphone, tv de plasma, notebook, carros novos, bolsas de grife, Nike, Adidas e muitos outros sonhos de consumo que nos colocam pela frente. Mas um porém, não basta ter os itens 'obrigatórios' de consumo, eles devem ser renovados com bastante frequência, ou você fica mais de 2 anos com o mesmo celular sem sentir a necessidade de troca-lo por aquele novo modelo, que além de tirar fotos incríveis tem GPS e tem conecção rápida com internet?

Pois é... se depender de mim esse natal vai ser um dos piores em termos de crescimento econômico.

Achei muito bom esse texto abaixo que fala justamente sobre isso:

Por Denise Mendonça de Melo

Todas as pessoas precisam consumir a fim de satisfazer suas necessidades básicas para a sobrevivência. O consumo apresenta-se como atividade natural e saudável, quando praticada de forma consciente e dentro do necessário, sendo assim indispensável. Até então, nenhuma novidade. O fato é que esta aquisição de bens vem, de longa data, sendo feita de maneira desenfreada pelos diversos segmentos da sociedade a ponto de abalar as estruturas financeiras das pessoas.

O sujeito, tentando se estruturar como um ser completo, mesmo que momentaneamente, usa o recurso das compras para aliviar seus conflitos. Tal comportamento desvirtua o pensamento do indivíduo que se confunde com as noções de ter e ser. Desta forma, percebe-se uma banalização da experiência humana que vem se caracterizar, dentre outras formas de atuação, pelo comportamento consumista irracional. Acredita-se que quanto menos o sujeito se percebe como tal, não se estruturando na base do ser, mais ele precisa ter, comprar, sentir-se dono de algo concreto, palpável, então menos ele consegue ser, transformando essa questão em um círculo vicioso.

O ser humano, eterno insatisfeito por excelência, apresenta-se sempre com uma vontade a ser saciada, enquanto isso não acontece, o descontentamento é inevitável, então, quando o desejo é satisfeito, a vontade cessa por pouco tempo dando lugar a uma outra vontade. Dessa maneira o sujeito tende a uma satisfação superficial e imediata de seus conflitos interiores que se apresentam sintomaticamente através do consumismo. Quando o indivíduo é consciente desta dinâmica, mas não consegue viver de outra forma, acredita-se que o seu desconforto seja bem maior.

Aos olhos da Psicanálise a pessoa apresenta-se como sujeito desejante e cheio de necessidades originadas das mais diversas etapas da vida, muitas derivadas de experiências da primeira infância. O ato de comprar, para a maioria, aparece mexendo com os sentimentos de gratificação e proteção que remetem a esta etapa inicial da vida da criança.

De forma simplificada pode-se explicar da seguinte maneira: Sabe-se que o recém-nascido obtém satisfação de suas necessidades através dos cuidados de sua mãe, ou de quem desempenha esse papel. Tal atividade garante a formação das primeiras relações sociais da pessoa com o mundo. O bebê tem sensação de completude quando vivencia esse momento de forma satisfatória com sua mãe.

Nessa mesma fase do desenvolvimento da criança (0 a 02 anos de idade) ela tende a incorporar e possuir os objetos que a cercam, ou seja, tende a levar tudo o que vê à boca, na tentativa de conhecer esses objetos. As pessoas que não passaram bem por essa fase, ficando fixadas nela, possivelmente, desenvolvem comportamentos consumistas, comprando muito na tentativa inconsciente de adquirir mais e mais objetos independente de sua utilidade prática. Pode-se referir-se ainda, nesse mesmo contexto, àqueles que comem demais, bebem demais, fumam demais ou tudo isso ao mesmo tempo.

Entretanto, é perceptível a manipulação que o marketing realiza com seus apelos fascinantes em cima da fragilidade humana. Este instrumento de persuasão e sedução é utilizado em larga escala, potencializando uma necessidade que o indivíduo já possui, podendo causar interferência na capacidade de distinção entre o que se deve e o que não se deve ser comprado. Incide exatamente em cima das noções de necessidade e desejo que conjuntamente às questões psicológicas já mencionadas atinge um resultado imensurável.
Quando o comportamento consumista e a concomitante fusão do ser e do ter incomodam de forma significativa, implicando na diminuição da qualidade de vida, é recomendada uma psicoterapia.

Principalmente quando a pessoa nunca consegue se perceber satisfeita a não ser pela via da posse de algo. O consumismo realmente descontrolado, que ocorre mesmo independente das possibilidades econômicas da pessoa, pode evidenciar um comprometimento psíquico de maior relevância, ou um simples descontrole emocional momentâneo.

É importante ressaltar, contudo, que nem todo comportamento consumista é fruto de uma psicopatologia. Muitos convivem harmoniosamente com o seu desespero aquisitivo, evidenciando que essa é sua forma de estar no mundo e que isso não os incomodam em nada.

Também é interessante apontar que mesmo diante de uma sociedade basicamente consumista, muitas pessoas vivem sem se sentirem fascinadas ou mesmo hipnotizadas por vitrines extremamente bem elaboradas e promoções dos mais diversos tipos. Naturalmente, compram o que necessitam, sem depender desse procedimento para se sentirem felizes e realizadas.

Tomando gosto


Já disse anteriormente aqui no blog que tomei (literalmente) gosto por cerveja.
Passei a beber um pouco mais, é verdade, mas nada que fuja do controle. Duas garrafas de 350ml são mais que suficiente.
Nesse final de semana, foram a esperada ‘Estrella Galicia’ da Espanha e a também espanhola ‘1906’, ambas são produzidas pela mesma empresa Hijos de Rivera.

A Estrella Galicia, pela qual eu mais esperava se mostrou uma cerveja de poucos atrativos, sem grandes novidades, um pouco melhor que uma razoável pilsen brasileira. Pelo preço que paguei (3,50) não encontrei diferencial que valha a pena.

A ‘1906’já é diferente. Na coloração da cerveja (dourada avermelhada) podemos ver o diferencial para a Estrella Galicia. A ‘1906’ é uma cerveja com mais corpo, agradável ao paladar. Um bom inicio para quem quer conhecer (como eu) mais a fundo outros sabores e aromas de cervejas de verdade.

E ontem no fim de noite, ouvindo e vendo um bom tango, e com uma companhia agradável, uma holandesa Heineken pra fechar o bom final de semana.

Saúde!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Latinidad


São dois artistas latinos que não saem do meu mp3:

A primeira é Loli Molina. Cantora e compositora argentina. Lançou seu primeiro trabalho no início desse ano chamado ‘Los Senderos Amarillos’.
Nascida em Buenos Aires, e por lá mesmo fez seus primeiros shows ainda adolescente, que pokito a poko foi conquistando um público novo e atento a novidades musicais porteñas, fazendo sucesso no underground de Bs As. Todas as composições tem como base o violão, que é o instrumento que Loli utiliza (muito bem, por sinal), com arranjos de piano e percussão. Tudo é bem acústico e agradável.
Dê voz doce, quase infantil, porém afinadíssima, Loli é uma das revelações desse ano de 2009.



O outro é o famoso e conhecido porto riquenho Draco (Robi Rosa). Lançou nesse mês, um dos melhores álbuns de música latina dos últimos anos, chamado ‘Amor Vincit Omnia’. Com bastante influência de música mexicana e cubana, carregado de metais e vocais que remetem a temas mariachi. Além da parte musical que é ótima, vale destacar também as letras, que são bastante poéticas e de qualidade.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

TOP


Camila Trindade, a vencedora do Brazil´s Next Top Model 2009. A final foi ao ar na última quinta-feira, dia 3/12/09. Com 1,74 m, e sem certeza de suas outras medidas ("acho que tenho 90 cm de busto, 63 ou 64 cm de cintura e 89 cm de quadril"), vai trancar a faculdade de farmácia e correr para seu sonho.

Idade: 20 anos
Cidade onde nasceu: Porto Alegre / RS
Cidade onde vive: Porto Alegre / RS


(A pergunta é: O que acontece em Porto Alegre?)

Eu Faço a Minha Moda

Eu faço à minha moda - Clique e participe!

"Eu faço à minha moda quando prefiro ler um livro ao invés de ver novela. Quando como pão integral ao invés de pão francês. Quando escolho pelo visual e não pela marca. Quando escolho pelo conteúdo e não pelo visual. Quando faço bolo de receita ao invés de comprar o de caixinha. Quando vou para praia no inverno, ao invés de no verão. Quando faço ginástica para ficar saudável e não para emagracer. Quando compro algo feito a mão, no lugar de um produto industrializado. Quando não repito notícias sensacionalistas que ouvi no noticiário, eu faço à minha moda.

O legal de fazer à minha moda é que está tudo bem se, de repente, eu também quiser fazer coisas que todo mundo faz. Como tomar guaraná, comer chocolate, adorar dias ensolarados, ter preguiça de manhã, conferir os editoriais de moda e as revistas de decoração, comprar um computador novo, assistir aos Simpsons ou ficar meia hora embaixo do chuveiro. Pode ser que muita gente também faça isso, mas eu faço à minha moda.

Se você também faz à sua moda, espalhe esta idéia. Mostre ao mundo que você faz à sua moda."

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Observações


Coisas que me impressionaram em Porto Alegre:

- Primeiramente a simpática dos gaúchos, justo eles que tem fama de serem bairristas, exclusivistas. Um povo muito bacana e educado. Pelo menos aqueles com quem tive maior contato, foram 'tri legais'.

- Isso eu já sabia; a beleza das gauchas é realmente fora de série. É o tipo de beleza que me agrada muito. Além de serem lindas, loiras (branquinhas) e altas, elas tem (conservam) uma certa doçura no jeito de ser, uma timides que já não se encontra com tanta facilidade por essas bandas de cá.

- Eles tomam muito chimarrão! Muito mesmo. Eu achava que era menos. Andando pelos parques é muito comum e constante encontrar famílias, casais, rapazes, senhores, andando com a cuia de chimarrão e com uma garrafa térmica com água quente.



- Não sei se foi só nos dias que estive lá, mas foi incrível o numero de eventos culturais que encontrei pela cidade.

- O instituto Iberê Camargo é fantástico. Um exemplo de museu no Brasil. Um exemplo de arquitetura moderna, funcional e popular, assim como deve ser as obras de arquitetura.



- Não existe nada comparada a rivalidade entre Grêmio e Internacional. Nunca vi tanta gente com camisa de seus respectivos clubes andando pelas ruas, shoppings e parques. Realmente a cidade é dividida entre tricolores e colorados. Mas não pensem que é coisa só dos rapazes, as gurias também são fanáticas. (Vide foto acima)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Navegar é preciso, viver não é preciso.


Navegando pelo rio Guaíba em Porto Alegre.


Sempre quando volto de viagem fico alguns dias ainda sobre impacto das diferenças entre onde estive e de onde vivo . Tento encontrar uma linha que ligue uma cidade a outra, ou um país a outro. Geralmente só encontro as diferenças, o que é bom pra mim. Fico tentando entender as cidades, 'os seus porques'. Sim, pois esses detalhes determinam algumas características da sua população e sua cultura.

Por exemplo, Porto Alegre encontra-se exatamente entre as duas mais importantes cidades da América do Sul (São Paulo e Buenos Aires) e devido a isso tem (e absorve) características de ambas, mais ou menos uma mistura das duas cidades, tanto pelos lados positivos quanto pelos negativos. Outra coisa interessante, Porto Alegre tem um rio (Guaíba) que costeia quase toda cidade, dando-lhe assim um clima saudável e bucólico; bom de ver nos finais de semana aquelas mulheres lindas andando pela orla do rio, esperando o pôr do sol.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mal costume



Os homens do Rio Grande do Sul são demais mal acostumados.
Eles mesmos sabem disso. Conversando com um taxista que me perguntou o que eu estava achando das gauchas, eu lhe devolvi com essa questão; eles são mal acostumados confesou, já nem "estranham" quando cruzam nas ruas com sósias de Anas Hickmans ou Renatas Fans.

É... realmente é descomunal a quantidade de mulher bonita em Poa e no restante do RS.
É até meio complicado andar pelas praças e parques da cidade sem desviar a atenção, pois em qualquer dobrada de esquina você pode ser surpreendido por uma futura Miss Brasil em potêncial.

Italiana + Alemã + Portuguesa; uma mistura que deu muito certo!

domingo, 29 de novembro de 2009

Pôr do sol no Guaíba


Um dos programas imperdíveis em Poa é curtir o por do sol nas margens do rio Guaíba. Foi o que fiz hoje. Encantado.

sábado, 28 de novembro de 2009

Dias no Sul


Ontem eu fui à Casa Mário Quintana, um antigo hotel dos anos 30 que foi transformado num centro cultural (cinema, teatro, museu, café, bar e restaurante) em homenagem ao ilustre poeta Mário Quintana. Lugar muito legal, respirando cultura por todos os lados.
Fora que o chopp é muito bom!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vou pra Porto Alegre, Tchau!


Estou indo pra PoA hoje.
É um retorno, mas como se fosse a primeira vez, pois na visita anterior eu ainda era bem criança.
Porto Alegre é a mais européia das capitais brasileiras. Com o maior índice de mulher bonita por metro quadrado das Américas.
Acho que vou gostar...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Em Busca da Simplicidade


(Encontrei o texto abaixo num blog chamado 'Entre Mãe e Filha', muito bacana por sinal. Fala justamente do tipo de simplicidade que eu busco, além de ter a mesma perspectiva de bem estar que eu procuro pra mim.)

Morar na europa é reaprender a ser simples!
Pelo menos aqui na Alemanha. O que parece uma grande contradição para um brasileiro que vive no Brasil. Quando você diz que mora na Alemanha (ou na Suiça, ou em Praga, nos EUA, sei lá) as pessoas logo exclamam: „nossa, tu tá podendo hein?! que chique!“ou pode acontecer ainda como acontece comigo, muitos deixam de falar com você como falavam antes.
(...)

Eu sempre dei mais valor às coisas simples. Nunca fui ligada em jóias, coisas de marca, carros de luxo ou coisas muito caras... luxo pra mim é de fato muitas outras coisas que o óbvio.
Aliás, com o passar do tempo, o conceito de luxo mudou e muda constantemente. Para muitos, luxo é grife cara estampada na roupa, nos acessórios, nos sapatos, jóias, carros, maquiagem, para outros é algo bem diferente. E depende muito da necessidade de cada um.
Viver na europa pode ser luxo ou não, assim como viver no interior do estado do Amazonas, na beira do rio, pode ser também. Tudo depende de como você vê as coisas, de como está seu estado de espírito, de como você vê o mundo.
As pessoas aqui são extremamente simples e não entendem como as brasileiras podem dar tanto valor às coisas materiais... Explico: algumas brasileiras aqui são, digamos, deslumbradas demais, dão muito valor ao supérfluo e isso os alemães já notaram faz tempo. Certa vez fui interrogada por uma professora no curso de alemão: ela dizia que eu parecia bem diferente de outras mulheres do meu país que havia conhecido, e perguntava muito intrigada, de onde vem esse valor extremado ao material.
„Cada pessoa é um ser diferente do outro“, foi o máximo que pude responder, mesmo sabendo que ela falava um fato.

Um dia conheci uma menina mineira, de uns 20 e poucos anos, que se dizia extremamente livre aqui, livre de toda a tonelada de maquiagem que usava em Beagá, das infinitas idas e vindas ao shopping pra poder estar aos pés da amigas e primas, livre da escravidão de escovas e chapinhas semanais nos cabelos já maltratados.
Nunca fui escrava de salão, mas entendo o que ela disse.
Ela se dizia livre porque vê que aqui as pessoas não estão preocupadas com a tua roupa, com teu cabelo, com a grife da tua calça jeans, com teu relógio novo e carésimo, não estão mesmo, aqui as pessoas te medem por um outro medidor: o teu interno é o que importa, é o que você é, a tua simpatia e educação, o respeito que você mostra ao outro, etc. Aqui você não precisa se preocupar em comprar todos as roupas novas da estação, você pode usar o mesmo casaco de inverno por todos os invernos de tua vida que ninguém vai se importar, o sapato pode ser o mesmo por longos anos que não vai ter ninguém se incomodando com isso, cabelo unha e maquiagem? Você mesma faz! Afinal o custo de ir a um salão são poucos bolsos que encaram, pois há muito mais coisa especial a se fazer com aquele dinheiro: uma ida ao museu, juntar pra próxima viagem de verão, ir ao um show no Waldbühne em Berlim, comprar aquele item que faltava pra o teu hobby predileto, pintar ou trocar a velha bicicleta...
E falando em bicicleta, lembro quando estudava em Manaus e morava em Itacoatiara, fazíamos excursões à floresta em Itacoatiara, que é um pólo moveleiro no Amazonas, e os alunos da universidade riam de forma debochada ao ver os estacionamentos das escolas ou empresas cheios de bicicletas (antes de o povo de Itacoatiara entrar na febre das motinhas, todo mundo usava bicileta). Pobres manauenses! o que pra eles era luxo (ter um carro) em outros países é lixo!
Sim, é claro que aqui tem carro, e muito! Mas tem também muita consciência ecológica e respeito ao próprio bolso. O povo faz questão de usar os bondinhos, os trens, os ônibus (que têm um serviço exemplar de qualidade e pontualidade) e bicicleta, e até mesmo patins, patinetes. Manter um carro aqui é muito caro! Quando viajam pra outras cidades, fazem uso constante do serviço de caronas (na internet é anunciada a ida e volta, se for o caso, e as pessoas se comunicam por ali) pagando-se muito mais barato do que indo com seu próprio carro, por avião, ou mesmo trem, que não é tão barato quanto se pensa. Comida? Come-se tudo o que está no prato! Deselegante aqui é deixar resto. Desperdício é falta de respeito. Água, luz, aquecimento elétrico em casa é sempre economizado. Pra enconomizar água, toma-se banho todos os dias, claro, mas aproveita-se pelo menos um dia na academia e pra lá tomar banho... é um dia a menos de gasto em casa! Louça é lavada sempre na máquina de lavar, gasta-se menos água do que usando a pia normal. E se caso for usar a pia pra lavar louça, enche-se esta e lava-se a louça que já ficou de molho por uns instantes, sem enxaguar! (isso ainda dobra meu estômago!). Roupas? Compra-se muito em liquidação ou em lojas de second hand. Empregada, babá, diarista? Aqui tem nada disso não! A empregada, faxineira, cozinheira, lavadora de privada é você mesmo!

- Quer conhecer uma curiosidade do homem alemão? Ele não faz xixi em pé no vaso! E diferente do que o brasileiro afirma, isso não é sinal de ser gay! Aqui as mães criam o filho pro mundo independente, e mulher não faz tudo pra homem aqui não... nem mesmo a mãe. É ele que tem que lavar o vaso, e ele sabe que em pé o risco de fazer mais sujeira pra limpar depois é muito maior.

Livros escolares são emprestados pela secretaria da escola e o aluno se responsabilza em não estragá-lo, assim podendo repassar ao próximo aluno no próximo ano escolar.

Tudo isso aí não é sinal de pobreza ou avareza não, aqui é sinal de inteligência! O alemão descobriu direitinho e na marra, como unir o útil ao agradável: ele é forçado todos os dias a pensar no meio ambiente e no próprio bolso.

Não estou dizendo com isso que não existe gente consumista. Muito pelo contrário, existe e muito. Eles compram coisas demais, muito mais do que precisam. Mas existe também essa consciência das coisas e do seu real valor, muito mais observado por eles do que por nós, brasileiros.

E assim o povo alemão vai crescendo dentro do meu conceito de viver bem.

Aqui o luxo mesmo está nas coisas simples da vida cotidiana. Dá-se muito mais valor ao sol num dia frio do que a grife do seu sapato; aos passeios de bicicleta no verão ou primavera, levando ao lado o seu cachorro, do que um carro caríssimo; a tranquilidade e verde dos parques e o ar puro do que um celular hiper caro; a uma varandinha em casa com flores e um bom livro pra ler numa espreguiçadeira do que as mil calças jeans de marca no guarda roupa, a contemplação de uma boa caminhada na floresta ou nas montanhas do que um dia num salão de beleza ou uma cirurgia plástica nos peitos...

Eu adoro isso. E estou à procura da simplicidade que perdemos há muito no Brasil.
Quer saber? Viver aqui é mesmo um luxo! No verdadeiro sentido da palavra.

E não, meus antigos-ex-amigos, eu não „estou“ metida, são vocês que „são“. Eu estou é muito mais simples, graças a Deus!

(http://entremaeefilha.blogspot.com)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A inevitável separação.


As vezes na vida é necessário o desligamento de certas coisas, fatos, lugares, objetos e porque não, de pessoas.

Eu tenho um amigo que dizia, que as vezes pra sua vida evoluir você precisa se desligar de algumas coisas do passado que não lhe faziam bem, ou que não colaboravam muito para a sua evolução pessoal. Eu não entendia muito bem aquilo que ele queria dizer, achava de certa forma um ato de pedantismo, um isolamento exclusivista. Mas hoje percebo que faz todo sentido. Infelizmente não é possível você seguir um caminho diferente e ainda estar preso a valores e conceitos antigos, valores que nada tem a ver com seus reais desejos internos, que não mais compactuam com a sua vontade. Mudaram-se os valores, mudaram-se os caminhos.

Um dia é chegada a hora em que é necessário soltar as amarras e partir em busca de um outro porto.

(Fez-me lembrar do poema do gênio português Fernando Pessoa; “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sentindo na pele


Eu vivo me queixando pra amigos e colegas que não suporto ser abordado por gays. Realmente, pra nós heteros convictos e tranquilos quanto a nossa heterossexualidade, nada é mais chato e desagradável do que receber cantada de pessoas do mesmo sexo.
Sabe o por que da minha bronca?
Porque tem muito gay que acha que por insistência (e inconveniência) ele vai conseguir “converter” um hetero à homossexual. Deve ser fetiche gay, alguma fantasia, só pode ser...

Repito: Não gosto mesmo. Acho falta de respeito.

Mas por aí dá pra sentir na pele o que as mulheres (bonitas) sofrem quando são abordadas por homens desagradáveis (e feios).

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Rebanho cego

Essa é uma reportagem publicada a bastante tempo, mas vale lembrar;

Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.
Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.



A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post em abril de 2007 era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas que são únicas, singulares e a que não damos a menor bola porque não vêm com a etiqueta de seu preço. O que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes? É o que o mercado diz que você deve ter, sentir, vestir ou ser?

Essa experiência mostra como, na sociedade em que vivemos, os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detém o poder financeiro.

Mostra-nos como estamos condicionados a nos mover quando estamos no meio do rebanho.



E você, sabe dar valor e enxergar arte/beleza? Ou precisa de alguém que lhe diga onde ela se encontra?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Infeliz Julgamento

Todos já conhecem o ditado, “A beleza está nos olhos de quem vê.”
Mas existe um outro lugar onde a mesma comparação pode ser usada também como ditado: “A felicidade ou infelicidade está nos olhos de quem vê.”

Já repararam que quanto mais infeliz a pessoa está, mais necessidade de alardear a sua (duvidosa) “felicidade” ela tem?

Voltando pra história do ditado. Quem determina a infelicidade de alguém é o outro, um terceiro. Difícil alguém que assuma sua própria infelicidade, mas por outro lado, o mesmo alguém é capaz de citar várias pessoas que ele acredita e julga serem infelizes. Por isso que eu disse que a felicidade está nos olhos de quem vê. Quantas pessoas que você julgava serem felizes e que futuramente descobriu que aquilo não passava de fachada. Casais que pareciam se dar muito bem e na verdade eram completamente estranhos um para o outro. Ou amigos em comum que quando separados vivem falando mal um do outro para terceiros. Parentes que não se toleram; enfim, por ai vão casos.

Mas existem outras modalidades de achar a infelicidade na vida do outro, como por exemplo; estipular o que pra mim é o correto, e seguindo o meu julgamento, determino se aquele que julgo é feliz ou não. (Assim: Se eu valorizo um bem de consumo determinado, e aquele que estou julgando não o possui ou não dá o mesmo valor que eu, pronto, lhe carimbo com o selo da infelicidade. Ou se em meu conceito de felicidade as diversões (baladas, bares, festas, etc.) estão em plano de destaque para a felicidade, consequentemente aquele que não gosta ou não frequenta, aos meus olhos é infeliz também.)

Além disso tudo, esbarra-se no fato de que nada é tão terrível para essas pessoas, julgadoras da felicidade alheia, do que descobrir que algumas pessoas são felizes com tão pouco, e mais, que são felizes de um outro jeito, um jeito que ela jamais vai entender. Mas isso é um outro assunto.

sábado, 14 de novembro de 2009

Bicycle Polo


Certa vez o treinador de uma equipe de polo teve uma ideia para treinar seus jogadores sem desgastar os cavalos: colocou a turma pra correr atrás da bolinha de bicicleta. Hoje, nas ruas de Barcelona, o que era treino virou esporte. São os polo bikers, que voam baixo com suas bicicletas que só desaceleram pelos pés – o freio é pedalando pra trás. “O mais difícil é a luta pela bola”, diz o espanhol Camilo, que coleciona pequenas cicatrizes, heranças do campo de batalha das ruas. Os times catalães usam tacos de alumínio feitos por eles mesmos. “Tudo é milimetricamente calculado para que os tacos sejam bem leves e arrastem bem a bola”, explica Lucas Prescivalle, designer brasileiro que faz parte da equipe BCN de polo biker.

(Polo Bike Barcelona)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Bicicletas pela Europa



Descobri o Blog Bicicleta na Cidade (http://bicicletanacidade.blogspot.com). Não se trata de um blog brasileiro, mas sim português. Mais especificamente da cidade de Lisboa. E nesse são postadas dicas e tudo mais que envolve a vida sobre duas rodas na Europa. É um dos canais mais bacanas pra quem curte esse meio de transporte e esse modo de enxergar a vida em comunidade de forma saudável, sustentável e mais humanizador.

Quem sabe um dia poderemos ver imagens como essas nas cidades brasileiras, que são tão pouco comuns.
Todas as fotos foram retiradas do Blog Bicicletas na Cidade. São fotos de ciclistas pelas ruas de Lisboa, Amsterdan, Paris, Milão e Barcelona.





Olhar harmônico

"Veneza é desses lugares onde tenho prazer em andar a pé - mesmo porque, graças a Deus, não tem automóvel, que é uma coisa que eu abomino. Então é uma delícia, além de ser linda e carismática. Você está numa ruela e de repente ela se abre para uma praça gigantesca, inesperada, que você não imaginava que pudesse estar ali. São surpresas que instigam o tempo inteiro. Você está sempre sem ar, descobrindo coisas." (*Isay Weinfeld, arquiteto brasileiro de maior destaque mundial.)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CÉU



Já faz um tempinho que eu estou de olho nela. Pra quem não conhece, seu nome é Céu (Maria do Céu Whitaker Poças). Em minha opinião, uma das artistas brasileiras mais interessantes da atualidade. Não pensem que esse ”da atualidade” é pra designar que é uma artista da moda. Moderna sim, bastante. Mas com um trabalho consistente. Tem uma voz interessante, um timbre peculiar, o que é mais difícil de encontrar do que gente cantando igual a outros. Só pelo fato de não carregar bahianidade na voz, já é um diferencial nas cantoras dos tempos de hoje.
Ela já tem dois CDs, e está atualmente em excursão pela Europa.

(”Fiz minha casa no seu cangote.” Céu)

Claro que se as músicas não fossem boas, não valeriam os meus elogios. Pra quem não conhece, vale a pena conhecer.
Ah, pra quem estava reclamando que não ouvia samba, ta aí a (minha) oportunidade.
Além disso tudo, ela é muito fofa.
Eu acho.