domingo, 7 de junho de 2009

A Mecânica do Pouco Querer



“Meu nome é Joaquim, e meu ofício é a mecânica. Eu monto e desmonto carros. Faço motores funcionarem, carros voltarem a andar, sendo assim, o que mais posso querer da vida? Não sou desses que questionam sobre a existência, qual minha missão, de onde venho, para onde vou. Acho que a mim já foi dado muito trabalho, e nas horas vagas tento ser feliz da melhor maneira possível. Quer dizer, da minha melhor maneira possível. Sim, pois hoje em dia o que mais aparece é gente dando palpite na minha vida, que para eu ser feliz tenho que fazer isso, fazer aquilo, ir a tal lugar, comprar certas coisas. Para mim não, sou feliz do meu jeito. Eu faço coisas funcionarem, e sempre achei que isso fosse um dom, algo grandioso. Nada disso, outros fazem o mesmo melhor que eu, outros piores. Para mim, já me basta ser feliz a meu modo.” (André P.)
(Esses eram dedos de prosa que eu escrevia algum tempo atrás. Idéias que se manifestavam na observação do comportamento de meus semelhantes.)

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