quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Quem é o Juiz das artes?

Quem determina o valor de uma obra?
Quem é o responsável por estabelecer o que tem qualidade, e deve ser admirado?
Por que as pessoas fazem fila na porta do Louvre e não na porta do Masp?
Quem é esse ser, essa figura oculta, que estabelece que uma determinada obra vale mais que outra, e a nós, pobres mortais, o quase 'dever' de admira-la?

Sobre esse mesmo assunto escreveu o blog 'O Individuo', um dos mais interessantes.

É a mesma coisa que entrar numa exposição de um Artista Novo e sentir-se à vontade para achar tudo ruim, mas entrar no Louvre com temor e reverência. As obras do Louvre estão no Louvre, foram sancionadas pelo cânon, seu consumo é permitido e recomendável. Aliás, mesmo que você não perceba nada daquilo que viu no Louvre, só ter ido lá lhe confere o prestígio das pessoas cultas, uma espécie de capital social. O mesmo idêntico raciocínio vale para qualquer outra obra de arte. Um livro de poemas do Zé das Couves pode ser melhor do que Mensagem, de Fernando Pessoa, mas você não vai ler o livro de das Couves com o mesmo entusiasmo com que lê um de Pessoa.

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