segunda-feira, 6 de julho de 2009

Santo de casa não faz milagre



Acho que com esse blog fica clara a minha vocação para a analogia. Então vamos lá. Não vou lutar contra isso, sai com naturalidade e não é forçado, portanto, vou assumir a vocação analítica!
Claro que os visitantes desse blog que não me conhecem pessoalmente depositam em mim muito mais valor do que aqueles que me conhecem bem. É natural de nós, seres humanos, atribuímos mais valor ao que é novo e desconhecido do que ao que já conhecemos. Eu não fujo muito a essa regra. Mas estou tentando mudar, ou melhor, reconheço a questão.
Será que se conhecêssemos a fundo todos a quem admiramos (artistas, pensadores, mestres, etc.), será que continuaríamos a admira-los? Não sei ao certo. A proximidade/intimidade nos coloca em contato com o que há de melhor e de pior nas pessoas. Mas e se o 'lado-pior' é maior que o 'lado-melhor'? Se tomamos contato só com o que há de melhor fica tranquilo, é só alegria! Será que isso tem a ver com as paixões? Nos apaixonamos pelo 'lado-melhor', e vamos amar (ao não) se soubermos entender e aceitar o 'lado-pior'? São tantas perguntas.
Acho que é como naquele ditado do “Santo de Casa Não Faz Milagre”. O que nos é próximo é cheio de defeitos, não merece muita consideração, afinal eu o conheço tão bem e sei dos seus defeitos! Visto que, aqueles que não o conhecem, enxergam nele algo novo e bom, lhe dão um valor infinitamente maior e melhor.
Por isso novas amizades e novos amores são sempre muito convidativos. Alguns vingam (amor) e outros não (paixão).

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