domingo, 27 de junho de 2010

Patriota e idiota


Não sei se por sorte ou lucidez, mas desde adolescente sempre me pareceu ridícula a idéia de patriotismo. Primeiro por achar que, como não escolhi nascer no Brasil, que orgulho posso ter por ter nascido no Brasil? Mas aí alguém vai dizer; ‘Ah, mas você não escolheu os seus pais e mesmo assim deve ter orgulho deles!’ Depende. Esses pais são bons pais? Deram-lhe suporte para crescer, evoluir? Fora isso, essa ligação de patriotismo com paternalismo também é ridícula, pois coloca seu país como sendo um ‘ser’ com vida própria. Um país é formado por indivíduos e não por uma ‘divindade’ chamada Brasil.

Com o passar do tempo fui descobrindo outros fatores que ridicularizam ainda mais a idéia do patriotismo. Por exemplo: A Pátria/Estado é Deus? Representa Deus? Claro que não. Mas é exatamente o que a maioria das pessoas pensam; tem aqueles que ao ouvirem o hino do seu país levantam-se e colocam a mão no peito, como se estivessem diante de algo ‘extra-vida’, uma ‘endeusificação’ do país/estado.

Outras bizarrices do tipo são notadas, ainda mais em épocas de Copa do Mundo.

(Muitíssimo melhor do que eu, explica o Professor George Kateb, que é escritor, cientista político e emérito da Universidade Princeton.)

Um comentário:

Babi disse...

só um adendo: patriotismo - pátria = pater = pai. a ligação de patriotismo com paternalismo faz mais do que sentido. de resto, concordo com o texto ;D