sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Elegendo Pessoas


Tenho pensado como é interessante conhecer novas pessoas; principalmente pela perspectiva do novo, do que vai se revelar entre as duas pessoas. Quando conhecemos alguém é como se estivéssemos diante de uma folha em branco, e conforme vamos conversando, nos conhecendo, os pontos de vista, o modo de agir e falar, tudo isso vai sendo preenchido nessa folha em branco, até formularmos uma idéia de como é aquela pessoa.

Nem sempre fazemos isso de forma isenta, isso é, sem ter-mos um pré-conceito (ter um conceito do que ainda não conhecemos). Pela aparência ou pelo que ouvimos dizer, podemos pré-julgar alguém, e isso geralmente é o que acontece.

Por exemplo:
Se eu venho a conhecer uma garota que tenha uma aparência angelical e doce - com toda certeza irei ter dela uma idéia de retidão, de boa pessoa, fina e delicada - porém, e se alguém me disser que aquela mesma garota é uma devassa, ou uma ex-prostituta?


É justo eu mudar a forma de enxergar uma pessoa apenas pela informação que alguém contou a respeito do passado dela?

Sabendo que todos nós em algum momento nos arrependemos de coisas ruins que fizemos; não é interessante a conexão e perspectiva entre: conhecer uma pessoa nova e perdoa-la? Não é parecido? Ora, o que aquela pessoa fez antes de lhe conhecer não interessa muito - a não ser que o seu interesse seja apenas o de julgar o passado dos outros - Ou então, que no presente momento essa pessoa ainda esteja num caminho não muito correto - não é bacana essa coisa de olhar uma pessoa que erra (todos nós), com uma nova perspectiva? Não é o mesmo que lhe dar uma nova oportunidade de ser melhor?
Era exatamente isso que Jesus fazia quando perdoava pecadores. Lançava sobre eles um novo olhar, pela perspectiva do perdão e do amor, bastando a eles, renovarem-se e seguirem um novo rumo.

Quando vamos em busca de conhecer novas pessoas, além de lançarmos sobre elas um olhar novo, também não damos a nós mesmos a oportunidade de sermos renovados pelo olhar do outro? Acho interessante essa possibilidade de dar ao outro uma nova oportunidade de 'ser descoberto e descobrir-se'.

É assim que tenho procurado agir.

Mas em contra partida, o que acontece quando descartamos amigos como se fossem aparelhos com defeitos? Como se fosse um equipamento que fica obsoleto e que precisa ser trocado por outro?

É isso que tenho procurado entender.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Mea maxima culpa


"(...) Acusar os outros angelicamente, dizendo que eles são burros ou bregas, é o meio mais comum de diferenciar-se; difícil é apontar o dedo para si e sinceramente não esperar ser visto como alguém melhor por isso. Não estou nem insinuando que eu tenha chegado lá."
(Pedro Sette-Câmara)

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POEMA EM LINHA RETA (Fernando Pessoa)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Foreverwood


Estou assistindo um a um, todos os episódios de Everwood. Na época eu já achava bom, agora estou achando ótimo. Não sei se me faz bem assistir ou se me faz mal. Pois está tudo ali, todas as minhas idealizações e desejos; a cidade, o clima, os valores, a garota dos sonhos, as características dos personagens, os dilemas e questões, enfim; claro que eu gosto demais (talvez o seriado que eu mais tenha gostado), mas a cada termino de capítulo me bate uma ‘nostalgia do que eu gostaria de ter vivido’.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Medalha de Ouro


Não teria como uma mulher como essa passar pelas Olimpíadas de Vancouver e não ganhar medalha de ouro.
Tessa Virtue, canadense, patinadora artística, 20 anos, e angelical até o último fio de cabelo. Encantadora.

Loucos por frases feitas: cuidado!


É incrível como ainda é enorme a quantidade de pessoas que tem a sério aquelas frases de cabeçalho de orkut, ou Msn. Estou atirando a pedra, mas não sem antes confessar que (num passado distante) já fui um desses, que a qualquer frase engraçadinha, tinha aquilo como uma suposta verdade também engraçadinha, julgando-se um grande entendedor do que é a “verdade da vida”.
Isso sem falarmos daqueles e-mails/correntes que circulam como vírus, que vem assinados por nomes famosos do tipo: Jabor, Lya Luft, Clarice Lispector, etc. Claro que só de bater o olho no texto dá pra notar que aquele tal autor que supostamente assina o texto jamais escreveria tais babozeiras, e aquelas babozeiras não seriam escritas daquela forma, afinal todo autor tem o sei 'jeitinho' de escrever, logo percebe-se que aquilo não foi escrito por tal. E mais; quem estabaleceu que tais autores são detentores de uma sabedoria tão profunda? Eles são Deus?
Enfim, cada um (não) conhece o autor que merece.

Mas voltando ao tema: “A sapiência segundo qualquer ditado do orkut (ou Msn)”
É muito fácil e gostoso aderir a elas (frases), vai depender do seu estado emocional; se você estiver naquela fase 'rebelde sem causa', qualquer frase (tipo: “A sociedade é hipócrita.”) que meta o pau em qualquer coisa, vai lhe satisfazer bastante; se você estiver na fase encalhado(a)/solteirão(rona), qualquer frase (tipo: “Vou ser feliz pra sempre, custe o que custar”) que pregue o amor próprio e/ou curtir a vida de qualquer forma, vai lhe cair muitíssimo bem.
Mas também reparem na pobresa das mesmas frases, geralmente é o 'arroz com feijão' de um pensamento pouco desenvolvido. Basta a pessoa ler, reler aquilo que 'colou' no seu orkut/msn/facebook, pensar e ver que alí pode haver (e geralmente há) incongruências, disparates e contradições.

Vamos pegar essa frase que vi num Msn recentemente: “Vou ser feliz pra sempre, custe o que custar.” Primeiro: o que é ser feliz pra VOCÊ? Ok, continuemos enquanto você fica aí pensando. Segundo: Pra ter esse tipo de felicidade que você pensou, teríamos que fazer um acordo com a Vida, sentar com Deus, bater um papo e combinar com Ele que não seria colocado no seu/nosso caminho nenhum problema, não haveriam momentos onde ser feliz é IMPOSSÍVEL (o que dirá pra sempre!). Quer exemplos? Melhor não né, melhor é ser feliz. Teria que combinar com Ele que você não teria nenhuma questão difícil, nenhuma escolha de Sofía (Isso ou aquilo? Para lá ou para cá? Sim ou não? Devo ou não devo? Ser ou não ser? Olha como Shakespeare já sabia das coisas.)
E esse “custe o que custar”? Complicado hein? Dá a entender que a pessoa pode até matar pra ser feliz. Como alguém pode fazer qualquer coisa pra ser feliz? Roubar, enganar, trair, subornar, passar por bobo, fofocar, mentir, vender-se... "Tudo para EU ser feliz". E a 'felicidade' nesse caso é mais parecida com a loucura.

Bom, chega de ser estraga prazer. Só acho que antes de colocar suas VERDADES por aí, pense um pouquinho, só um pouquinho. Ou então entrega nas mãos de Platão, Aristóteles, Sócrates, Sto. Agostinho, São Thomas de Aquino... garanto que aí não tem erro.

Ultra romântismo

Dupla campeã olímpica em Vancouver 2010.


Eu acho que não precisa de muito argumento pra estabelecer que esse é o esporte mais bonito plasticamente que existe. O mais bonito por vários aspectos, que também não precisam ser explicados, só vistos.

Coisa de novela

(Tonya e Nancy, a loira má, e a doce morena)

Assistindo os jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver, lembrei-me de um dos fatos mais bizarros da história do esporte. Em 1994, um pouco antes das Olimpíadas de Inverno de Lillehammer, a patinadora norte americana Nancy Kerrigan foi atacada (no joelho, com uma barra de ferro) por um homem, assim que saía de uma sessão de treinamento. Depois de pouca investigação, a polícia descobriu que o homem que a atacou fora contratado pelo marido de sua maior rival na patinação, a também americana, Tonya Harding. Na época me recordo que o assunto tomou conta dos noticiários por um bom tempo, tamanha a bizarrice. Coisa de filme americano, ou melhor, de novela brasileira. A malvada tenta tirar do seu caminho a mocinha/rival, com a ajuda do marido.
Cliche, mas sempre bizarro!

(Veja o video do ataque e reportangem.)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Altruismo ou Egoismo?

Na semana passada eu estava entrando no ônibus quando apareceu uma garota linda carregando uma mala de viagem enorme. O que foi que eu fiz? Claro, ajudei a garota com a mala. Mas e se fosse uma mulher qualquer, que não fosse assim tão 'linda garota'?

Hoje eu fui correr no parque, e um homem que caminhava bem na minha frente, deixou cair do bolso uma nota de 20 reais. Ele continuou andando, sem perceber. O que eu fiz? Peguei o dinheiro do chão, chamei-o e devolvi o dinheiro.
Mas e se eu estivesse precisando muito daquele dinheiro caído?

E seu eu fizer essas 'boas ações' e ficar me sentindo uma espécie de ser superior? Como se não fosse uma obrigação minha; pensando: “veja como eu sou bom em te devolver o dinheiro”, ou “olha como sou bom rapaz por carregar a sua mala.”
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...presta atenção aos motivos pelos quais uma ação é praticada. Tome-se o caso do Bom Samaritano. Normalmente, pensamos que a ajuda prestada por ele ao viajante é uma boa ação porque imaginamos que ele a tenha praticado por “bons” motivos. Mas e se descobríssemos que ele só se dispusera a tanto porque sabia que, com isso, seu nome seria mencionado com aprovação em todos os púlpitos do globo por séculos e séculos?

Foi este o problema que Immanuel Kant (1724-1804) tentou resolver.
Para Kant, age moralmente quem suprime seus sentimentos e inclinações, para então fazer aquilo que é obrigado a fazer. Alguém que faz doações caridosas apenas por temer a fama de pão-duro não pode ser chamado de pessoa moral. Kant também oferece uma regra prática: uma ação só é moral quando puder, sem maiores problemas, tornar-se princípio universal de ação. É certo ou é errado tentar livrar-se de engarrafamentos transitando pelas calçadas?

Pode ser conveniente para mim (chegarei em casa uma hora antes), mas é imoral para Kant porque não poderia tornar-se prática universal sem produzir o caos. Kant aconselhava: “Aja tão somente de acordo com uma máxima que possa tornar-se lei universal”. O que, em bom português, quer dizer o seguinte: antes de fazer alguma coisa, pense no que aconteceria se todos agissem como você.
Agir moralmente é uma árdua tarefa no mundo kantiano. Seríamos nós capazes de agir de modo tão pouco egoísta como queria Kant? Ou seremos nós criaturas muito mais autocentradas do que imaginava o filósofo alemão? Seres humanos são capazes de agir altruisticamente? Ou o egoísmo nos é inerente?

(Alain de Botton é escritor britânico de origem suíça.)

Dramaturgia & Psicologia



Trecho de uma troca de e-mail entre eu e um colega dramaturgo. Notem como as estruturas da dramaturgia podem nos ajudar a entender (em partes) o comportamento humano; talvez todo dramaturgo tenha dentro de si um lado psicoterapeuta; assim explica o fascinio que desperta em nós o mundo do cinema e da TV.

"Caro Colega,

...pensei no seguinte sobre o que você comentou: Já notou que em vários seriados (ou filmes), a estrela, o que faz sucesso, o desejável, é aquele que faz o papel do 'outsider', do que não se enquadra no 'esquemão'? O que se dá bem, o bom rapaz, é sempre aquele que seguiu a sua própria 'filosofia de vida'? O 'maria-vai-com-as-outras' acaba se dando mal, ou na melhor das hipóteses, fica meio como figurante nas relações.

Agora minha questão é a seguinte: Isso se manifesta através de uma projeção de Duplo Angélico do próprio autor/criador para com o personagem que ele escreve? É o autor da obra dando vida para o mundo da forma como ele gostaria que fosse? Um mundo justo e correto para com o bom rapaz, para aquele que não se entrega a burrice (ou maldade) do outro? A fama de inteligente, de genial (Dr. House), ou a do rapaz que tem fama de correto, humilde, de justo, e que desperta o verdadeiro amor na linda mocinha (Gossip Girl), é projeção do autor/criador que faz uma espécie de 'justiça com as próprias mãos'?

Obrigado."

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"Caro André,

Essa estrutura, que girardianamente podemos chamar de "estrutura
paranóica", é muito comum nas narrativas (dramáticas ou em prosa). O sujeito bom e incompreendido luta contra o mundo mau. Ele é lindo, mas ninguém sabe - esse é o dilema das histórias de super-heróis, em que o protagonista tem aquela dupla identidade, ora um fracassado, ora um sujeito que voa, tem raio laser nos olhos etc. Isso não é nem um pouco diferente, em termos de estrutura, de uma mulher que se sente feia e ridícula, mas que, ao colocar seus sapatos de centenas de dólares, acha que pode conquistar o mundo. As narrativas querem mostrar que a versão "super" é a verdadeira, que "se você me visse assim, você me veria realmente, e então você admitiria que eu sou muito melhor do que você".

Por isso, é claro que a forma mais infantil de narrativa é a mera projeção do duplo angélico: o protagonista derrota sem problemas seus adversários. Depois, vem o duplo angélico problemático, isto é, 'como vou convencer o mundo de que sou lindo e perfeito, que eu sou o modelo que deve ser imitado?'.
(...)"

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Manual Prático Para se Fazer (boa) Música Pop.

Os professores:


Não tem como negar que a trinca: Madonna - Justin - Timbaland - compuseram coisas bem legais. Essa música era uma dessas, mas estava escondida, vazou (que bom). O trio domina em todos os sentidos a métrica (harmônica e ritmica) da música pop moderna, a prova é essa.

Música POP como antigamente, sem nostalgia, por favor.

Liberté


A internet é a prova viva que o ser humano estando entre as possibilidades do estudo, da pesquisa instrutiva de conhecimento intelectual, e também diante das futilidades, a fofoca, da 'xeretisse'; a tendência maior será a da futilidade.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Múltiplo

Quem está acostumado a frequentar esse blog já deve ter notado que eu não tenho o hábito de estabelecer 'verdades'. Nem gosto. A prova disso são que os meus textos mais perguntam do que afirmam. (Reparem na quantidade de pontos de interrogação.) Isso não quer dizer que eu não tenha minhas convicções; mas felizmente estou sempre questionando essas mesmas convicções, e observando questões pelo outro lado do prisma.
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Disse Jung: "Talvez ele [o ser humano] deva experimentar o poder do mal e sofrer-lhe as conseqüências, porque só por este processo pode abandonar a sua atitude farisaica em relação às outras pessoas. Talvez o destino, ou o inconsciente, ou Deus – chamem-lhe o que quiserem – tenha que lhe dar uma boa pancada e fazê-lo rebolar no chão, porque só uma experiência drástica pode surtir efeito, tirá-lo do seu infantilismo, amadurecê-lo. Como pode alguém descobrir de quanto precisa para ser salvo se está absolutamente certo de que não há nada de que deva ser salvo?”.

Qual a SUA religião?

Tenho pensado muito a respeito de como hoje em dia as pessoas criam para si a sua própria religião, e o que é pior, cada um cria o seu próprio Deus, ignorando qualquer estudo bíblico-cristão. Simplesmente acredita-se no que se quer acreditar, “o que não é bom pra mim eu não acredito”. Por isso talvez existam tantas religiões. Cada um procura uma religião que alivie a sua culpa.
Um exemplo:
Como lidam os Homossexuais Assumidos em relação a Deus e a Cristo? (Claro, partindo do pré-suposto que o homossexual em questão acredite em Deus e por conseqüência em Cristo.)

É claro e notório que a maioria esmagadora das igrejas cristãs condenam o homossexualismo. Não é uma condenação punitiva, ou acusatória, mas sim pelo ponto de vista do pecado. Ok, somos todos pecadores, claro, mas ninguém se assume pecador como alguém que assume ser homossexual. Ninguém se assume traidor, ninguém se assume corrupto, ninguém se assume ladrão, enfim, qualquer outro tipo de pecado. Todos esses pecados, se por acaso cometidos, sempre serão justificados como um desvio de comportamento, um ato impensado, um mal comportamento.
Agora no caso do homossexualismo, acontece o contrário, existe um ‘orgulho gay’. O homossexual assumido. Ora, se o homossexualismo é pecado, como alguém pode ter orgulho de ser pecador? Não existe parada do ‘orgulho corrupto’, ou parada dos ‘mentirosos assumidos’. O pecado é algo mal, imutável (as 'leis de Deus' sempre foram as mesmas, o homem é que foi mudando), “se eu peco, eu tenho vergonha, peço perdão, procuro resolver o problema e não mais comete-lo”. Jamais assumido com orgulho.

Voltando ao tema: Seria por isso que hoje em dia cada um faz a sua própria religião? Cada um cria o seu próprio Deus? Um Deus que é moldado de acordo com o que ‘eu’ quero, e não o contrário.
Então, se é pra criar o próprio Deus, para que acreditar em algo que eu mesmo crio?
Aí se percebe que a pessoa não está em busca de uma VERDADE cristã, mas sim apenas dar legitimidade para o que ela QUER ACREDITAR.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Filosofia Pop

Acho muito legal esses livros que fazem análises dos seriados com a visão da filosofia. Claro que quem é fã dos seriados já tem uma certa tendência a fazer isso por conta própria (eu tenho bastante), e com a ajuda de um especialista/filósofo, a coisa fica mais interessante ainda.


Acho legal porque tira o espectador da passividade. A diversão serve pra alguma coisa. E para quem nunca teve contato com o mundo da filosofia, é uma forma legal de se interessar pelo assunto. Diverte-se aprendendo.
Agora eu fico torcendo pra alguém escrever sobre a 'Filosofia Gossip Girl'. Com certeza será o melhor de todos, pois tem um campo vastíssimo para análises de comportamentos culturais, sociais e filosóficos.
'House' também é ótimo!
Boa diversão (e aprendizado).

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BBB.10

Não resisti.
Nessa última semana acompanhei pela primeira vez uma eliminação no Big Brother 10.
Continuo sem entender como as pessoas (ingenuamente) ainda acham que ninguém fala mal delas pelas costas. Ficam revoltadas quando descobrem que alguém disse alguma coisa a respeito delas que as desagrade. Mas o inverso tudo bem; pois essa mesma pessoa que fica revoltada, fala dos outros com a 'maior boa intenção'. Falou sim (confessa), mas com a intenção somente de 'alertar'.
Falar mal, mal mesmo, nunca!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carnaval e Bom-mocismo


Esse foi o segundo carnaval que durante uma noite de folia eu ouço a seguinte colocação:
Sabe qual é seu problema André? Você é muito certinho.”
Pela segunda vez ouvir a mesma coisa, de garotas distintas, é sinal de que realmente procede.
Portanto, devo fazer uma cruzada anti-bom-mocismo? Acho que não, afinal eu tenho que manter minha fama.

Um lugar para recomeçar.


Nessa minha súbita retomada por ver séries americanas, voltei a assitir episódios da finada e saudosa série Everwood. Durou apenas quatro temporadas; iniciou em 2002 e foi até 2006.
Nem me lembrava mais de como a Amy (Emily Vancamp) é linda.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sociedade Gossip Girl (2)


(Outra coisa que eu ainda não disse sobre Gossip Girl:
É incrível notar através do seriado de como os adultos estão cada vez mais infantilizados.
Em Gossip Girl vemos como as relações adolescentes são parâmetros de ‘modernidade’ para as relações entre adultos. Existe uma total inversão de idealização [ou perda de ideal/padrão?] do que é ‘ser maduro’, onde os adultos querem voltar a ter atitudes de adolescentes, e os mesmos adolescentes ficam sem referência do que é se tornar adulto. Ou vocês nunca viram pais/mães que tem atitudes mais infantis do que a dos próprios filhos[as]?)

Think about it
XoXo, gossip girl

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

(Lucas 18: 10)

"(...)
Lucas 18:10 - Dois homens foram ao Templo para orar. Um era fariseu, e o outro, cobrador de impostos.

Lucas 18:11 O fariseu ficou de pé e orou sozinho, assim: "Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como este cobrador de impostos.

Lucas 18:12 Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que ganho."

Lucas 18:13 - Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: "Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador!"

Lucas 18:14 E Jesus terminou, dizendo: - Eu afirmo a vocês que foi este homem, e não o outro, que voltou para casa em paz com Deus. Porque quem se engrandece será humilhado, e quem se humilha será engrandecido.

Lucas 18:15 Depois disso, algumas pessoas levaram as suas crianças a Jesus para que ele as abençoasse, mas os discípulos viram isso e repreenderam aquelas pessoas.

Lucas 18:16 Então Jesus chamou as crianças para perto de si e disse: - Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças.
(...)"

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É sempre o outro que sente inveja; é sempre o outro que fala mal; nós não fazemos nada disso, e quando o fazemos, é porque realmente tinhamos razão em faze-lo. Ou então: "Não estavamos falando mal, apenas 'comentando'."
Ah, mas ai daquele que 'comentar' de nós! Afinal ele não sabe das razões por que fiz aquilo que me julgas, se ele soubesse, não falaria mal de mim.

A benevolência é sempre para conosco, nunca para com o próximo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Tempos de paz, no falado e no escrito.


"(...)Há uma feição moderna do Zelo de Amargura que consiste no espirito de contestação. Não me refiro apenas à contestação do adolescente, que tem sua raiz em dado correto de afirmação pessoal em busca de líberação da tutela paterna, mas dessa contestação que hoje assume, não raro, um colorido de desamor e revolta, produto do zelo amargo. Refiro-me de um modo geral aos contestadores de todas as gamas de idades, de todos aqueles que, talvez por não se sentirem seguros de sua maturidade, reclamam meio nervosos serem tratados como homens maduros, e vivem prevenidos com todos os vizinhos. Uma nota particular deste grupo é a reinvidicação do direito de falar. Não é propriamente o direito de falar que lhes faz falta. Este ninguém lhes tira. Mas a amargura suscita um zelo tirânico: só se sentem falando quando impõem a sua opinião. O diálogo reclamado pelo contestador é quase sempre um monólogo."
(D. Lourenço de Almeida Prado - Livro Regra de São Bento)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

...ainda sobre os tempos modernos.


Acredito que nenhuma artista atual represente tanto os tempos modernos quanto Britney Spears. Nesses dias tivemos as visitas de Beyonce, Alicia Keys e Madonna, essas três muito mais representativas do ponto de vista artístico e musical, porém, o que me interessa aqui(e agora) é o 'sign of times', o contemporâneo, os tempos modernos, o que mexe com a garotada, e nisso nenhuma outra artista bate Britney 'Bitch'.

Como assim?

Vamos lá...
Qual foi a artista pop que mais apareceu na mídia nos anos 2000?
Qual foi a artista pop que mais colocou singles nas paradas nos últimos 10 anos?
Qual foi a artista pop que se tornou a queridinha da américa, pura e virgem, pra depois virar depravada?
Que artista pop foi ao fundo do poço e retornou ao estrelato com a mesma rapidez?
Que artista pop virou alvo de piada por estar acima do peso e depois voltar a ser a gostosona?
Que artista pop virou amiga de Paris Hilton e frequenta os tabloides de notícias escandalosas junto com a amiga?
Que artista pop raspou a cabeça, ficou louca e voltou a ser sexy e 'normal'?
Que artista pop não sabe cantar ao vivo e mesmo assim seus shows estão sempre com ingressos esgotados?
Que outra artista se apresenta como produto ultra-pop?
Que artista pop faz música mais pop do que ela?

Precisa mais?


Que artista foi mais longe usando a sensualidade como parâmetro de status?

Precisa mais?
Acho que não.

Sociedade Gossip Girl


Estou ficando bem fã de Gossip Girl. Encontrei nas entrelinhas das futilidades adolescentes, uma trama muito mais interessante do que a aparente a primeira vista: As relações humanas em tempos modernos*. Nada ali é gratuito, tudo gira em torno de algum tipo de interesse; auto afirmação, aceitação social, busca de amor/status (não só pelo amor romântico), pertencer a um grupo de qualquer forma, nem que para isso seja anulado o ser humano como individuo, competição, mimetismo*, falsidades daquelas comuns entre 'amigas' que se 'adoram'; sabe aquele tipo de amizade que fazem juras eternas mas que em poucos meses aquilo entra num mimetismo e disputas absurdas; fofocas incríveis, que também nos é comum em círculos de 'amigos'. (A palavra Amigo está sendo colocada entre parentes como que nos fazendo pensar que, amigos de verdade não fariam fofocas uns dos outros, e nem ficariam disputando quem é o mais descolado, ou não seriam falsos entre si.)

Enfim, tô adorando 'o pega' da garotada, que mostra como estão as relações em tempos modernos; tá, eles também são milionários e lindos, o que só deixa ainda mais legal e interessante, pois nos coloca lá, no mundo que (sem falso moralismo) todos nós gostaríamos de viver.

(*Para quem gosta de Zygmunt Baumam e René Girard.)

Quase anônimo.

Se eu fosse algum tipo de artista; músico, pintor, escritor, enfim, acho que seria super difícil eu conseguir me auto promover. Não conseguiria ficar veiculando notícias minhas em twitter ou em outros tipos de mídia; talvez por dois motivos. Um, por me sentir meio sem jeito de chamar a atenção para mim mesmo. E outra, por falta de confiar no meu próprio taco, de achar que eu não devo ser tão relevante assim ao ponto de me auto promover.

Admirando mulher como obra de arte (2)


Obra de arte que procura harmonizar todas as belezas e criações do mundo/Deus.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tendo que mentir para satisfazer a audiência.



Você já teve que inventar uma mentira pra satisfazer a curiosidade alheia?
As vezes a realidade pode ser bem diferente do que elas (pessoas) gostariam que fosse, e a verdade pode ficar com cara de mentira. Tem pessoas que gostam de criar uma atmosfera de mistério em torno de si e de sua própria vida, mas que na verdade, de misterioso não há nada, é tudo bastante monótono, comum.

Agora transfira isso pra você, para a sua vida. As pessoas não sabem quem você é, elas te imaginam, e nessa imaginação criam fantasias a respeito de você e de sua vida, que na verdade nada tem a ver com a imaginação delas. E quando você conta alguma coisa simples, parece que você está mentindo, mas se você criar uma história cheia de mistérios e glamour elas serão mais propensas a acreditar na suposta fantasia (mentira).

Por exemplo:
Um rapaz conhece uma garota muito bonita (muito mesmo!) e esses dormem juntos, no mesmo quarto. A verdade é que nada acontece, ficam num clima de profunda amizade e respeito. Mas aí os amigos/audiência perguntam, “...e aí cara, como foi a noite com a gata?”

Notem que se você contar a verdade vai parecer mentira, e se você contar uma mentira, dizendo que passaram uma noite cheios de amor, você vai agradar e convencer melhor, vai dar as pessoas o que elas querem e esperam.

A novelização da vida a 'la Manuel Carlos'.

A Busca


"As pessoas viajam para admirar a altura das montanhas, as imensas ondas dos mares, o longo percurso dos rios, o vasto domínio do oceano, o movimento circular das estrelas, e no entanto elas passam por si mesmas sem se admirarem." (Santo Agostinho)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O observador


Poucos são os seriados que mostram como são realmente as relações humanas como esse. Claro que tudo é super dimensionado, como se uma lente de aumento fosse colocada nas relações de grupos de amigos, mas desenha de forma interessante as disputas por buscar ser o mais evidente, o mais descolado, o mais alto nível de status entre os amigos; personagens dividem-se entre os que são seguidos (copiados) e seguidores ('macacos' imitadores).
Só quem já pertenceu a grupinho de amigos sabe como isso funciona. Por isso esse seriado é tão interessante.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Trilha sonora em Floripa


Minha trilha sonora em Floripa não poderia ser outra. Chambao sempre!

Floripa 40 graus


A viagem foi legal sim. Em Floripa nem que se as coisas não derem muito certas já é maravilhoso, o que dirá se derem.
Sem cair no comum, mas já caindo; o lugar é um paraíso bastante conhecido dos brasileiros e estrangeiros (nunca vi tanto gringo num lugar só; argentinos, americanos, alemães, holandeses, suecos, israelenses, etc.) As pessoas são educadas e prestativas com os turistas. Logo que cheguei fui pegar o ônibus pra ir para a pousada e uma senhora não só me explicou como chegar como também fez questão de pagar a minha passagem. Nos ônibus o que mais tem são turistas, é até engraçado ver aquele monte de sotaques e gente descolada (monte de gente loira!)
Nem vou falar das mulheres de Floripa, é lugar comum falar que são maravilhosas. Nunca vi tanta mulher bonita junta na minha vida, é uma coisa que chega a ser descomunal, ao ponto de você achar que em Floripa não tem mulher feia.
Depender de ônibus é um pouco complicado, pois tudo é longe, mas dá pra se virar bem se você estiver numa parte da ilha que fica perto das praias mais bacanas (no meu caso fiquei na Lagoa da Conceição, perto da praia Mole, Joaquina e Barra). Come-se barato também, basta procurar, pois se ficar no esquema ‘turista alienado’ vai cair na armadilha de pagar caro.
Foram 5 dias com a temperatura beirando os 40 graus durante o dia, quase desumano. Único alivio era ir pra beira do mar e ficar numa sombra, e a noite ventilador ligado direto.
No dia 4 de fevereiro teve show da Beyonce em Floripa. Não fui por dois motivos; muito caro (R$180,00 o mais barato, e não estava com minha carteirinha de estudante) e também não tenho mais pique pra ir em mega shows. Mas deu pra notar a agitação da cidade enquanto a pop-star estava por lá, era carro da polícia pra lá e pra cá atrás de limosine.

Bom, sem ficar enrolando muito; quem não conhece Florianópolis, vá! Se tem um litoral onde as coisas são organizadas, bonitas e limpas (mulheres espetaculares) e as pessoas são educadas, esse lugar é Floripa.
E agora eu vou passar hidratante na pele, pois o branquelo ficou torrado.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O que acham de você?


Nada pode ser mais frustrante do que descobrir que os seus exercícios de auto-afirmações não surtem o efeito desejado. Estranho é o uso do termo 'auto-afirmação'; a pessoa criar uma imagem/idéia de si próprio. But, o termo caiu em uso designando justamente o inverso, é a pessoa querendo criar uma imagem de si para ser vista pelos outros. Porque ninguém se afirma para si mesmo, e sim para o tipo de imagem que queremos que os outros tenham de nós.
Um desgaste praticamente inútil no meu ponto de vista. Pois nem sempre o que julgamos interessante para a nossa imagem será interessante para o outro que recebe essa imagem.
Imagens podem sofrer grandes distorções.

Por exemplo; a pessoa monta um blog, onde ela escreve sobre assuntos que julga serem bacanas para a imagem que ele pretende 'vender' de si mesma, porem ela não pode descartar a idéia de que aquilo que ela escreve no blog seja pouco (ou nada) relevante para aqueles que ela tenta supostamente impressionar.
Outro exemplo; a pessoa abre uma conta num site de relacionamentos (orkut, facebook, etc.) e adiciona aquele monte de comunidades em que ela nunca escreve nada, não participa de discussões, mas que estão lá nas suas comunidades propositalmente para auto-afirmar a sua imagem para os outros verem, como querendo dizer: “Olha as coisas que eu gosto e quero ser identificada como possuidora dos valores dessas imagens e o que isso representa.”
Isso sem falarmos nos bens de consumo. O que uma pessoa valoriza, para uma outra pode não ter valor nenhum. Aquele carro importado não desperta desejo em determinada pessoa, mas para outra aquela viajem bacana pode ser de causar grande inveja. A auto-afirmação e 'o causar inveja' são vizinhos próximos.
Mas como eu já disse, “infelizmente” nem sempre a imagem que você tenta vender de si mesmo será recebida da forma que você julga ou gostaria que fosse vista. Portanto, esqueça essa bobagem de criar a sua imagem, afinal ela pode ser justamente o inverso do que você gostaria que fosse.

Ter uma boa imagem nesses tempos modernos (e competitivos) é quase que obrigatório, mas por outro lado, ela pode ser bem diferente daquela que você acredita de seja. Como diria meu avô: “O olho do dono é que engorda o gado.”