quarta-feira, 31 de março de 2010

My Studid Mouth


"Minha maldita boca
Me botou em problemas
Eu falei demais de novo
Para uma garota no jantar de ontem
E eu pude perceber
Que ela estava ofendida
Ela disse "bem, de qualquer jeito..."
Só querendo mudar de assunto

Eu nunca vou falar de novo
Isso só me machuca
Eu prefiro ser um mistério
a ela me abandonar

Oh, eu nunca vou falar de novo
Começando agora

Mais uma coisa
Por que é minha culpa?
Então talvez eu tenha tentado demais
Mas é por causa desse desejo
Eu só quero que gostem de mim
Eu só quero ser divertido
Parece com os piadas sobre mim
Então me chama de Capitão Tiro Pela Culatra."


Servindo a carapuça.

Você é sexy?


Diversas vezes, aqui no blog, eu falei sobre a sensualidade como parâmetro de status nos tempos modernos. Pois bem, para minha surpresa, encontrei na internet uma definição melhor e mais apropriada para o que eu já vinha dizendo; chama-se 'Capital Erótico'.

Então, se você infelizmente não é sexy, desculpe, mas pelo jeito é carta fora do baralho.

terça-feira, 30 de março de 2010

Será que precisa?

Logo em seguida de quando eu escrevi o último post, apareceu a notícia de que o Ricky Martin assumia sua homossexualidade. Coincidências a parte, só reforça aquilo que eu disse anteriormente; a necessidade das pessoas em externar coisas que não precisariam, ou melhor, eu acho que não necessitariam. Mas cada individuo responde por si próprio.
Venho pensando bastante sobre isso. Ainda não cheguei a uma conclusão, talvez nem chegue, por ser uma coisa individual.
O engraçado dessa história toda é que o John Mayer reforça sua imagem de garanhão heterossexual, e o Ricky Martin vem a público assumir que é gay.

Será que num futuro próximo as pessoas vão ter que colocar no RG qual a opção sexual, ou vamos ter que usar crachá?

segunda-feira, 29 de março de 2010

Quando a boca fala mais do que deveria.


Na edição da revista Playboy americana do mês passado, John Mayer deu várias declaração polêmicas, dentre elas, contou intimidades com suas ex-namoradas (...e que namoradas!); falou sobre a fama de conquistador, playboy, músico bem sucedido, e foi mais polêmico ainda ao dizer que seu pênis era 'racista', pois nunca transou com negras. Essa última declaração deu o que falar nos EUA; teve que pedir desculpas pelo Twitter, e despertou a raiva até de Opha Winfrey, sua 'ex-amiga'.

Tudo isso porque a boca fala mais do que deveria. Isso vem bem de encontro com algumas coisas que tenho pensado; acho que em breve esse blog deve ser desativado mais ou menos por motivos parecidos. Tenho descoberto que certos tipos de opiniões e posicionamentos, não precisam ser externados. Numa sociedade (atual - moderna) que está dando cabo a privacidade, penso que algumas coisas não devem ser compartilhadas, infelizmente (ou felizmente...).

Eu tenho vários tipos de preconceito, mais até do que os que sei enumerar, mas nem por isso me acho uma pessoa intolerante. Ter preconceito é legal então? Obvio que não! É péssimo! Mas eu tenho, vou fazer o que? Então o que faço é exercer a tolerância (termo que define o grau de aceitação diante de um elemento contrário a uma regra moral, cultural, civil ou física) Espero que usando a tolerância por um bom tempo, quem sabe os traços de preconceito irão desaparecendo, assim espero, de verdade. Até porque, como cristão é assim que devo proceder.

Enquanto isso o melhor que posso fazer é manter a boca fechada pra não falar (escrever) coisas que podem ofender algumas pessoas amigas. Além disso, evitar que eu tenha que me desculpar futuramente.

domingo, 28 de março de 2010

Admirando Mulher como Obra de Arte (5)


Tessa Virtue (17/05/89), patinadora canadense, campeã Olímpica e Mundial 2010.
***


Essa dupla foi campeã olímpica em Vancouver/2010, e nessa semana foram campeões mundiais em Torino/2010. O vídeo acima foi da sessão que deu a eles o título mundial 2010.
O esporte mais bonito do mundo.

sábado, 27 de março de 2010

Tudo é incrível e ninguem está feliz.


Cellfone
Hi-Speed
Modern Car
Internet
Free Download
Mp3
Wi-Fi zone
Digital-Cam
SmartFone
Twitter
Credit Card
Shopping center
FaceBook
Blogs
Casual-sex

...and EVERYTHING IS AMAZING AND NOBOBY IS HAPPY.

terça-feira, 23 de março de 2010

A violência


Quem já assistiu a filmes com gladiadores já deve ter visto a cena:
O gladiador já com seu oponente no chão, vencido, olha para o imperador e espera que ele, ou levante o polegar, autorizando a execução do seu oponente, ou baixando o polegar, não autorizando a morte do vencido.

O mais interessante é observar que, quando o imperador não autorizava o morte do gladiador vencido, os espectadores vaiavam o imperador, era uma medida anti-popular não autorizar a morte do vencido.
Não é de hoje o nosso gosto por violência e o linchamento público (e sem julgamento). Não sei porque tanto espanto com os casos atuais.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Homem-troféo


"Tenho falado sobre isso com amigos e amigas e a conclusão é sempre a mesma: a importância social de ter um par é muito maior para as mulheres. Homens sozinhos costumam ser infantis e autodestrutivos, mas transitam socialmente sem constrangimentos. Mulheres sozinhas atraem a atenção dos chatos e dos críticos – e parecem elas mesmas desconfortáveis no papel de solitárias. Quando não são claramente discriminadas..."
Continua aqui.

(Tipo de texto que quando a gente lê, identifica-se por ter experimentado as mesmas questões que o autor do texto.)

"Você é o mal e eu sou o bem."

Esse tipo de texto é justamente o outro lado da história que eu já escrevi aqui no blog. É o ponto de vista de um em relação ao outro; cada qual julga o seu ponto de vista mais interessante e verdadeiro. Igual em política, religião, futebol; é a transformação do outro na coisa ruim, o responsável pela tragédia, todo mau gosto é o outro. “Eu sou bom e vivo num mundo mau, de programas ruins e pessoas manipuláveis; luto pela melhoria do mundo, sou eu e mais poucos.”

E além disso, transformar o Pedro Bial e a rede Globo em bode expiatório de todo mal que há na televisão é exagero. Algumas pessoas escrevem criticando o Big Brother como se estivessem descobrindo a América.
Então você acha que o programa é bom?
EU não acho bom; não da forma como é feito e conduzido, mas fazer do que EU acho uma verdade que serve para todos, é totalitarismo. Então amigo, se o programa lhe incomoda muito, muda de canal, fora isso não há muito o que se fazer.

domingo, 21 de março de 2010

Lucas 6, 39 - 42


39. Jesus contou uma parábola aos discípulos: "Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco?
40. Nenhum discípulo é maior do que o mestre; e todo discípulo bem formado será como o seu mestre.
41. Por que você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção na trave que há no seu próprio olho?
42. Como é que você pode dizer ao seu irmão: 'Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando você não vê a trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então você enxergará bem, para tirar o cisco do olho do seu irmão."

sábado, 20 de março de 2010

Opostos


Ontem eu assisti ‘Sonho Possível’, filme que deu a Sandra Bullock o Oscar de melhor atriz em 2010.
Podem assistir tranqüilos. Se quiserem levar a família toda para ver, melhor ainda. Não tem contra indicação – um tipo de filme que não faz mal a ninguém, ou melhor, nada dá errado na história. O filme é uma sucessão coisas boas, tudo dá certo a favor do personagem principal; um adolescente abandonado pela mãe drogada, que é resgatado/adotado pela personagem de Sandra Bullock, e a partir daí a vida do garoto se torna um conto de fadas. Sandra Bullock é mais caridosa que qualquer freira da igreja.
Teve um determinado momento do filme que eu até pensei, “será que nesse filme não terá nenhum conflito? Será que algo vai dar errado em algum momento? Alguma dificuldade talvez?” Até tem, mas mesmo assim, passa tão rápido que a gente nem percebe.
Ótimo para Sessão da Tarde.


Depois eu fui ver ‘A Fita Branca’; esse é mais complicado, a começar que o filme é em preto e branco – se passa na Alemanha de 1912 – esse não posso recomendar pra qualquer pessoa. Conta a história de pessoas que vivem num pequeno vilarejo no interior da Alemanha, onde o (falso) moralismo é levado as últimas conseqüências.
As crianças e mulheres do lugarejo são transformados em bodes expiatórios nas mãos dos homens que detém o poder (pastor, barão, médico) sobre a comunidade.
Um filme que vale para ver como foram tratadas as mulheres e crianças durante aquele período da humanidade, e também para ver como os homens (sexo masculino) são responsáveis pelo mundo em que vivemos hoje. Um filme que desperta o bom feminismo.



O filme também tem uma história de amor das mais lindas que eu já vi no cinema; o amor impronunciável entre o casal é de uma pureza que me faz pensar; ‘quando deixamos de nos amar dessa maneira?’

sexta-feira, 19 de março de 2010

Animal Planet


Um dia desses eu estava passeando numa livraria, quando ouvi de passagem alguns adolescentes conversando sobre os livros da série Crepúsculo. Na verdade nem eram tão adolescentes assim; estavam comentando algo sobre, qual dos livros da série era o mais legal. Pelo que pude ouvir, cada um tinha uma opinião, até um deles dizer que 'ainda' estava lendo o último livro publicado da série (Amanhecer). Coitada da garota que disse; aquilo foi como se ela tivesse dito que havia chegado ao planeta Terra ontem; todos ficaram 'horrorizados' por ela ainda não ter lido, como se fosse uma espécie de pecado mortal; foi bem interessante perceber como num grupo se estabelecem competições para ver quem está mais a frente, moderninho; ficam numa disputa para ver qual deles é o mais adiantado, o que vai dar o primeiro parecer e estabelecer uma 'hierarquia' no grupo.

Por outro lado, fiquei pensando em como hoje em dia as coisas ficam velhas cada vez mais rápido. Isso pode ser notado também na música. Aqui onde trabalho, se tocar na rádio uma música de seis meses atrás, tem sempre alguém que diz “nossa, essa rádio toca música velha.”

Mas não pensem que isso só está presente no mundo dos adolescentes. Conheço muita gente* grande que compete demais por esse tipo de primazia; querer comprar carro primeiro, se adiantar a coleção da moda e comprar roupas antes, fazer viagens pra lugares onde nenhum amigo foi antes, ir a estréia de algum filme ou espetáculo primeiro que todos, enfim, olha eu caindo naqueles assuntos que já escrevi por aqui; mimetismo, desejo de status, exclusivismo...
Fico por aqui.

(* Quando digo 'conheço muita gente', seria bem fácil e tentador me excluir dessa 'muita gente', mas não me excluo não, seria covardia, estaria me colocando acima do bem e do mal; afinal, só posso reconhecer esse tipo de comportamento se já o experimentei.)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Admirando Mulher como Obra de Arte (4)


Julianna Margulies, continua gatíssima; já foi par romântico com George Clooney em ER nos anos 90, e atualmente está no seriado The Good Wife.

Criando a melhor versão de mim mesmo.


E se num futuro BEM distante, pudermos ser substituídos por robôs melhores do que nós mesmos? Espécies de Avatares; Ficaríamos em nossas casas, sentados confortavelmente, teleguiando cada qual o seu Avatar; uma versão melhor de nós mesmos, suprimindo desses robôs todas as nossas imperfeições físicas, (quilos extra, careca, celulite, rugas, etc.) e psíquicas (raiva, medo, frustrações, inveja, etc.) Estaríamos criando a sociedade perfeita.

Mas pensando bem, não é isso que já fazemos com a nossa imagem nos 'Orkuts' da vida?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Dr. House e a sociedade da indiferença.


Muito já se falou sobre a personalidade e perspicácia do personagem Dr. House. Parece-me que Gregory House encarna o sonho de quase todos os tipos de personalidades humanas nos tempos atuais. Aquela figura que mesmo estando errada, acerta; faz da medicina um esporte de competição, onde o que menos importa é o paciente (o outro); fala o que quer, ouve o que não quer, mas quase nunca se abala psicologicamente por isso; não liga pra ninguém; são os outros que se importam com ele; comporta-se como um rock-star e tem charme justamente por ser assim. O maior representante da “sociedade da indiferença”, dos que afetam sem serem afetados.
'Se' o Dr. House estivesse no Twitter, teria milhões de seguidores e não seguiria ninguém, e provavelmente até desprezasse aqueles que o seguissem.

Ontem eu estava vendo um episódio onde o Dr. House pergunta para o Dr. Wilson algo sobre “com quem você está saindo”, e Wilson retruca perguntando se “você gostaria que ficassem perguntando sobre sua vida particular”, e a resposta de House não poderia ser melhor que “por isso eu não tenho vida particular”.
Mesmo caído (será a bengala uma metáfora nesse sentido?), ou em desvantagem, ele não perde a pose, e ainda exibe uma autonomia charmosérrima, típica daquelas figuras que se acham o máximo. Na televisão funciona maravilhosamente bem, mas não tente fazer isso em casa, os efeitos podem ser socialmente devastadores.

(P.S: Depois que eu terminei de escrever o texto acima, me veio esse insight: Dr. House é um gênio da medicina, de uma inteligência fora de série, e mesmo assim leva uma vida solitária e triste. Em Gossip Girl, os personagens milionários são também problemáticos e solitários. Concluo que: As duas bases de valorização e status social – inteligência e dinheiro, quando levados a níveis altíssimos, também podem gerar sintomas idênticos. Será a inteligência a geradora do ser anti social? Será o dinheiro o causador da infelicidade das personagens de Gossip Girl?)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Filhas

Foi em 2004 quando eu conheci John Mayer, com a canção Daughters, que na minha opinião é uma das mais preciosas que ele já fez. Uma espécie de hino em carinho e respeito as mulheres.
Nessa música vemos todo talento desse músico incrível; uma junção de blues com balada pop, do jeito que ele sabe fazer tão bem.


***
Eu conheço uma menina
Que põe cor dentro do meu mundo
Mas é como um labirinto
Onde todas as paredes mudam continuamente
Eu fiz tudo que eu posso
Para seguir as etapas com meu coração em minhas mãos
Agora eu estou começando ver
Talvez não tenha nada a ver comigo

Pais, sejam bons com suas filhas,
As filhas os amarão como vocês as amam,
Meninas se tornam namoradas e depois mães
Então mães, sejam boas com suas filhas também

Ah, você vê essa pele?
É a mesma pessoa que está dentro
Desde o dia que o viu indo embora
Agora está largada
Limpando a confusão/bagunça que ele fez

Com meninos você pode terminar
Você verá o quanto eles aguentam
Os meninos serão fortes
Serão soldados
Mas nunca conseguirão viver sem o calor
do coração de uma mulher,

Em nome de cada homem
Que cuida de cada menina
Você será o deus e o peso do mundo delas

Então pais, sejam bons com suas filhas,
As filhas os amarão como vocês as amam,
Meninas se tornam namoradas e depois mães
Então mães, sejam boas com suas filhas também
.
***

Somos o que consumimos.


Ontem fui a Livraria Cultura e comprei três livros. Seria legal se eu ainda não tivesse nenhum livro para ler, mas tendo dois livros ainda para serem lidos, acho que fui pego em ato de consumismo e compulsão. Mas aí pode surgir uma voz para me defender, dizendo que, “tudo bem, livro é cultura”; não esqueçam da industria cultural, tudo é consumismo baby, não importa muito o que seja consumido.

Se não me engano, existe um livro chamado, “Você é o que você consome”, nesse caso 'consumir' está colocado na forma de alimentação (consumir = comer). Mas podemos aplicar o mesmo título para o consumismo em suas outras formas. Então quem consome muito livro é o que?
Depende. Claro que quem lê Aristóteles, Platão ou Sartre, não consome as mesmas coisas de quem lê romances do Sex and the City, e mesmo assim os respectivos leitores são afetados por aquilo que eles lêem/consomem. Quem lê filosofia tende a torna-se mais crítico, mais 'cheio de pontos de vista', e quem lê Sex and the City tende a enxergar um mundo com mais glamour, um pouco fútil talvez e bastante romântizado.
Quem come chocolate demais fica gordo, com problemas de saúde, e quem nunca come fica mal humorado. Entendeu a metáfora?

O que me interessa agora, é o paralelo entre o que consumimos e o que nos tornamos. Hoje estava passando um documentário no canal GNT sobre como os seriados e filmes tem afetado um grupo de mulheres que são consumidoras desse tipo de entretenimento. Foram feitas algumas pesquisar com esse mesmo grupo e comprovaram que, aquelas mulheres que assistiam mais seriados ou novelas, tinham uma grande tendência a achar a vida 'real' chata, sem glamour; os 'homens da vida real' não correspondiam ao padrão de beleza que elas vêem nos seriados.
A pesquisa concluiu que aquelas que eram mais afetadas por aquele tipo de cultura, tinham mais dificuldades em suas relações amorosas, e aquelas mulheres menos atentas a novelas ou seriados, tinham uma vida amorosa mais interessante, pois não conviviam com imagens/padrões de perfeição estética (homens com beleza muito acima da média). A pesquisa também conclui que, quanto mais exposta a pessoa ficar a certos tipos de padrões culturais fora da realidade, mais dificuldades ela terá nas suas próprias relações e realidades.
Então eu também concluo que, sim, nós somos o que consumimos.

(Obs: Eu gosto de filosofia e também de Sex and the City.)

sábado, 13 de março de 2010

O Homem que Ainda Acredita


Hoje eu passei o dia com uma sensação meia Bruce Wayne; aquela coisa de sentir um peso por carregar algumas valores pesados nas costas; aquela sensação de ser o exército de um homem só; encontrei esse texto que dá uma idéia do que quero dizer:

"Quando li o título desse artigo no livro Batman e a Filosofia, logo vi que renderia uma boa discussão. Pra começo de conversa o que faria um dos mais ricos do mundo vestir uma fantasia de morcego e sair por aí dando porrada em bandidos???

Em Batman: Ano Um, obra prima de Frank Miller, vemos o mito nascer. O menino de sete anos assiste ao assassinato dos pais durante um assalto. Com o tempo, Bruce Wayne decide usar sua inteligência e fortuna para combater o crime nas ruas de sua cidade. Para isso, utiliza a figura de um morcego, animal que foi um de seus grandes medos da infância. Mas do ponto de vista moral, essa foi a melhor escolha para Bruce Wayne?

A primeira vista, tendemos a acreditar que a escolha de acabar com a criminalidade é moralmente correto. Mas o artigo discute as outras saídas para nosso bilionário. Mais uma vez, o livro recorre ao utilitarismo, doutrina moral onde deve-se agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar. O filósofo Peter Singer afirma que seres humanos tem a obrigação moral de ajudar outros que estão sofrendo e morrendo por falta de necessidades básicas. É a partir de suas conclusões, que vamos analisar Bruce Wayne.

Começando o bate-boca;

Imagine que você está passeando por um parque e vê uma criança se afogando no lago. Para você é fácil entrar e salvar aquela vida, mesmo que depois suas roupas ficam enlameadas. Isso porque o dano moral causado a você é muito pequeno, insignificantes na verdade, quando comparados a salvar a vida daquela criança. Vemos assim que é possível salvar uma vida a um custo moral muito baixo. Pensando assim, cidadãos ricos podem ajudar outras pessoas a um custo muito baixo. Basta deixar de comprar um cd, DVD, roupas caras e comidas finas. Esse princípio moral nos leva a concluir que desfrutar de luxos não é mais importante que salvar vidas humanas.

Bruce Wayne vive uma vida de sacrifícios em função de sua escolha de ajudar outros. Afinal, diariamente ele arrisca a própria vida para evitar que outras pessoas sofram o que ele próprio sofreu no passado. Mas para Singer, existem dois limites para essa doação. Uma versão é a forte, onde seríamos moralmente obrigados a doar até que cheguemos ao ponto que causaríamos a nós mesmos sofrimento igual ao que estamos ajudando. A versão moderada afirma que somos obrigados, do ponto de vista moral, a doar até chegar ao ponto de sacrificar algo moralmente significativo. Vamos então analisar as atitudes de Wayne frente à teoria de Singer.

Pela versão forte, o bilionário deveria doar a maior parte de sua renda para ajudar os necessitados, a menos que possa demonstrar que o acontece depois de se tornar Batman tem valor moral comparável com essa atitude. Se Bruce for bem sucedido como Batman, irá reduzir sofrimento de muitas pessoas. Mas esse resultado torna minúsculo perto do bem que a Wayne poderia fazer ajudando a população doando parte de com sua fortuna. “Isso é oposto à probabilidade de sucesso que ele alcançará vestindo-se como um morcego, lutando contra vilões com a ajuda de armas de alta tecnologia e mantendo a aparência de um playboy”.

Nos quadrinhos do Batman, várias vezes vemos Bruce fazer doações generosas para causas humanitárias. Mas sua fala na história Morte em Família (onde morre o chatinho do Jason Tood) dá uma pista de seu envolvimento. “Quando voltar a Gotham, mandarei outro cheque para ajudar e tentar esquecer o que vi aqui. Não sou diferente dos outros. Há um limite até para o que Bruce Wayne – e Batman – podem fazer”. Nessa afirmação ele mesmo não acredita na eficácia de suas doações, mas decide doar mais dinheiro para esquecer o que viu.

Mas se não fosse Batman, Bruce poderia doar ainda mais para a caridade? Dessa forma ele não contribuiria ainda mais para manter o sonho de seu pai? Afinal, não deve ser nada barato ter toda aquela tecnologia e ainda por cima viver como o exibido Bruce Wayne. Em resposta a isso, podemos pensar que a renda das Empresas Wayne garante a Bruce o dinheiro não só para ser Batman, mas também para manter doações em todo mundo. Com isso, os gastos com a máscara de playboy seriam pequenas e necessárias para um bem maior, que é manter a identidade de Batman secreta. Seria esse o argumento para a versão moderada de Singer?

Finalmente, a conclusão (ou não?);

Mas a verdade é que Bruce Wayne PRECISA ser Batman. Digo mais, quem existe de verdade é o Batman e não Bruce Wayne. Então, abandonar a vida de vigilante seria o sacrifício máximo que o herói poderia fazer em favor de outros. Bruce está disposto a doar, mas não a abandonar o que significar ser Batman. Seria um sacrifício moral a que ele não se permite.

Por um lado, concordo com a idéia que a fortuna de Bruce poderia ser mais importante para um bem maior do que a existência de Batman. Ao mesmo tempo, o Cavaleiro das Trevas é um símbolo que inspira e protege muitos. Escolha difícil essa de Bruce. Talvez ele esteja no caminho certo, ou seja tentando fazer as duas coisas.

O autor conclui o artigo com a teoria que Bruce se tornou Batman muito por ser imaturo na época. Se hoje, ele tivesse que tomar a mesma decisão provavelmente faria diferente e pensaria de forma utilitarista. Um exemplo claro dessa escolha foi novamente em Morte em Família, quando Batman teve que escolher entre salvar milhares de refugiados etíopes de um gás mortal ou impedir que o Coringa matasse Jason Todd (que já foi tarde). Batman escolheu evitar a morte e sofrimento da quantidade maior das pessoas. “Na verdade eu não tinha outra escolha”, reflete o morcegão no final da história.

Sendo assim, vemos que o mesmo modo de pensar que o teria impedido de se tornar Batman torna-se uma constante no Bruce Wayne mais maduro. O dilema moral que fica é complicado. “Devemos imitar o jovem Bruce Wayne e privilegiar os compromissos com aqueles que somos mais próximos, enquanto buscamos nossos próprios interesses? Ou, como o Wayne mais maduro, devemos estar preparados para sacrificar o bem-estar dessas mesmas pessoas, incluindo o nosso, tentando fazer o bem maior para o maior número de indivíduos?”
(Kitty Prado)

sexta-feira, 12 de março de 2010

Vida inesperada


E se de repente aparecesse em minha vida uma adolescente dizendo que é minha filha? Que viveu até aos 16 anos num lar de adoção, criou-se sozinha, e eu nem fazia idéia de sua existência? O mais legal é que ela aparece do nada, procura pelos pais, os encontra, e não fica os culpando por nada, só quer que eles assinem o documento para sua emancipação legal. Claro que isso faz partir ao meio o coração dos pais, que foram namorados na juventude e hoje vivem vidas separadas.
Pois é... Isso é o seriado Life Unexpected. Assisti ao primeiro episódio (piloto) hoje, e creio que vem muitas emoções por aí.

É incrível como as séries americanas são infinitamente superiores as nossas novelas. Não digo isso tanto pela qualidade das produções, mas sim pelos temas abordados, a psicologia das personagens; o principal é que eles não subestimam a inteligência de quem assiste.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Eucentrismo

É muito interessante ver como as pessoas podem justificar QUALQUER coisa.
Pense em algo escabroso, bizarro, cruel; mesmo para isso que você pensou existe uma justificativa plausível.
Hitler matou um monte de gente e tinha justificativas. Fidel matou um monte de gente e mesmo assim tem suas justificativas. Eu tenho esse blog, já escrevi algumas besteiras e também tenho minhas justificativas.

Então Sr. André, por que Pedro Bial não teria suas justificativas para defender o Big Brother?
Não sei ao certo. Talvez porque eu achasse ele um jornalista intelectual, que ele teria o perfil daqueles que criticam o programa, e não dos que defendem. Pode ser que, quando ele foi escalado para apresentar o programa, não soubesse o tamanho do negócio, onde ele estava se metendo. Tanto que na primeira edição do programa, quem apresentava era ele e a Marisa Orti, mas ela não se saiu bem e foi limada logo de cara. Sobrou pra ele. É igual filho que nasce bonito e depois vai ficando fútil, irresponsável; você vai deixar de defende-lo por isso? Você pode até achar no seu intimo que aquilo não é bom, mas não vai dizer em público, você vai encontrar alguma justificativa. É uma reação humana.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Resquício de ditadura


Vira e mexe o Pedro Bial dá uma espinafrada em quem critica o Big Brother; ou ele anda fazendo isso com frequencia, ou é uma infeliz coincidência, pois toda vez que eu assisto o programa ele faz alguma piadinha com aqueles que não assistem ou não gostam do programa. Isso me faz achar que é assim que a Globo trata quem não gosta do que ela produz. Triste, pois esse é o princípio do totalitarismo. “Quem não gosta da gente é desatualizado, chato e são minoria. Nossa turma é que é bacana, inteligente, esperta e somos a maioria.”
Bom, também pode ser uma auto defesa, já ciente que realmente o programa não condiz com as coisas que ele acredita e gosta, ele toma a frente de dizer que, quem não gosta não está entendendo por que ele gosta, tipo: “Se você não gosta é porque não sabe olhar o programa como eu sei olhar.” Ok, pode ser, mas não precisa valer-se do Fidel-Castrismo do tipo, “aos amigos um brinde, aos inimigos o paredão.” Nesse caso o paredão é outro. Pensando melhor, acho que eles jogariam ovos naqueles que não gostam do programa.

Acho que nem se eu amasse o Big Brother não gostaria que os que não gostam fossem tratados assim.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Filosofia Pop (2)


Será lançado em breve no Brasil a tradução desse livro: Crepúsculo e a Filosofia.
Estou no aguardo.

"A cada dia torna-se mais nítido que o cinema e filosofia formam uma profícua relação. O cinema como produtor de belas histórias, utilizando-se de incríveis incrementos tecnológicos capazes de nos “colocar dentro” da produção como se lá realmente estivéssemos. A filosofia, por sua vez, é capaz de produzir importantes relações racionais que nos propiciam trazer entendimento e significação às histórias, comparando-as com nossas vidas e suas relações sócio-culturais e históricas.

Aquele que ama uma pessoa por causa de sua beleza a ama? Não, pois a varíola, que matará a beleza sem matar a pessoa, fará com que ele não a ame mais.

E se amam por meu juízo, por minha memória, amam a mim? Não, pois posso perder essas qualidades sem me perder. (PASCAL, pensamento 323)

Não, claro que não! Se ficarmos somente nas qualidades externas, Pascal tem toda a razão de duvidar deste amor. No entanto, o amor verdadeiro, embora retenha em si todos os momentos dissociados nos amores imperfeitos, vai além destes.

O amor verdadeiro, no diz Marcel Conche (p.9, 1998), “é aquilo por que, mesmo sendo velha, uma pessoa sente-se jovem, mesmo perto da morte, sente-se viva”, ou seja, perfeitamente condizente com o que vemos no Crepúsculo. Além disso, o amor verdadeiro compreende o encontro com outro ser que não traga objeções ao seu ser, ou seja, um ser que nos parece perfeito nas suas limitação, perfeito como é, sem retoques ou acréscimos, amando sendo si mesmo e realizando-se. (CONCHE, p.10-12. 1998).

Talvez neste sentido possamos ver um amor real entre Bella e Edward que se aceitam com suas diferenças, embora Bella sinta o temor de perder este amor para o tempo, que lhe castigará, diferentemente de Edward que permanecerá jovem. Por outro lado, a jovialidade e inexperiência de Bella também pode refletir apenas uma paixão, que seria definida, por Conche, como o sentimento de alienação e estranhamento da pessoa, que é contrário à realização que um verdadeiro amor traz. (p.10, 1998) Difícil saber realmente, talvez com a sequência dos filmes e livros possamos ter uma ideia mais acertada quanto a isto.

De qualquer forma, fica-nos a reflexão que o filme nos traz. A morte é, em si, a grande inimiga do amor. O amor é vida, é sensibilidade, é toque e o perfume dos cabelos, mas é também inteligência, na qual podemos avançar sem tropeçar na paixão e ainda vontade, para ajustá-la à vontade de outrem. A morte, por sua vez é a ausência de sensibilidade, a ausência de inteligência, a ausência total de vontade. A morte é estagnação, o amor à busca da felicidade. No entanto, ambas levam a reflexão: a morte pela angustia e o amor pela alegria".

(Guilherme Fauque)

Oscar 2010


Achei legal Guerra ao Terror ter ganhado o Oscar. O filme tem mais cara de Oscar do que Avatar. Eu sempre acreditei que os filmes ganhadores de Oscar deveriam ser filmes que não fossem muito fáceis, e é justamente o que Avatar é, um filme bacana pra ver no cinema, numa tela bem grande, em 3D, com um saco de pipoca e refrigerante, mas que tirando esses ‘efeitos extra’, numa telinha de TV comum não sobra muita coisa além da aventura e do corre-corre. Além disso, caso Avatar ganhasse, a distância entre um filme ótimo e um filme mais ou menos ia ser encurtada. A frente de Avatar, ao meu ver, ainda estavam Preciosa, e Amor sem Escalas.

Guerra ao Terror é aquele tipo de filme que nos leva em reflexão para além da sala de cinema, pois a história é boa, questiona; é na tecla que eu sempre bato, que a diversão deveria servir pra alguma coisa.

Todos os outros, menos 8 de março.


Quando eu tinha um fotolog, nele eu já havia escrito que achava uma babaquice essa coisa de Dia Internacional da Mulher; não vou ficar aqui explicando tudo novamente, mas só para resumir; acho que dedicar um único dia a mulher, é tratá-la como um ser inferior, que precisa de um dia específico, que precisa da benevolência masculina; "Tadinhas, vamos dedicar um dia a elas, dar-lhes flores e bombons, assim elas ficam mais calminhas."

Preferiria que nesse dia 8 de março fosse um dia específico para os homens! Sim, para que os homens refletissem e aprendessem a tratar e respeitar as mulheres nos outros 364 dias do ano, esses sim, os verdadeiros Dias das Mulheres.

sábado, 6 de março de 2010

Multifaces


Outro dia eu estava reparando como as pessoas contam as suas desavenças com outras pessoas, somente por um dos lados da história; no caso, o lado que lhes favorece, o lado em que elas são as vítimas. Somente pela sua perspectiva do caso. Dificilmente alguém assume a pisada na bola. Então quem ouve aquele relato tem só uma visão, sendo que se ouvir o outro lado terá uma outra versão diferente; parece simples, mas não é. Coisa de investigador, e você não vai 'investigar' um amigo para saber se aquela história que ele contou tem uma outra versão, pois é melhor acreditar no amigo (mesmo não sendo a 'verdade') do que perde-lo.
É, eu digo perde-lo, pois ouse você confrontar aquilo que esse amigo lhe conta; ouse dizer que talvez ele também esteja errado, que o outro pode ter os motivos dele para pisar na bola.
***

"Se você estiver atolado na vida porque lhe fizeram acreditar em uma única versão, reaja. Não acredite. Exercite a dúvida sobre si mesmo – e sobre o outro. Será que é assim mesmo? Será que isso é tudo o que sou? Será que é só isso que posso ser? Tornar-se adulto é ter a coragem de se contar como alguém múltiplo e contraditório, um habitante do território das possibilidades". (Eliane Brum)

quinta-feira, 4 de março de 2010

René Girard

Faz alguns dias que eu estou lendo o antropólogo René Girard, o homem que criou a teoria do 'desejo mimético', que nada mais é que, o desejo pelas coisas dos outros, mas não apenas no sentido da inveja, mas desejar o que o outro deseja, fazer do que o outro valoriza, um valor também seu (imitar o gosto alheio).
Por exemplo:
Imagine duas irmãs, ou amigas muito próximas; uma delas conta para a outra que conheceu um rapaz pelo qual ela está apaixonada; diz que ele é encantador, atraente, esperto, enfim, mostra para a outra todas as qualidades que ELA atribui a esse rapaz. O mimetismo se dará quando aquela que ouviu os encantos sobre o rapaz também enxergar os mesmos atributos daquela que lhe atribuiu desejo primeiramente, ou seja, as irmãs (ou amigas) passarão a desejar o mesmo 'objeto'.

O sujeito deseja o objeto de um outro sujeito, e não o objeto em si. Sujeito A deseja objeto X porque sujeito B deseja objeto X. Esta dinâmica ele denomina mimêsis de apropriação, imitação de apropriação. A relação dos sujeitos estabelece a rivalidade mimética. Os dois sujeitos se tornam rivais devido ao mimetismo do desejo, à disputa do mesmo objeto, enraizada não no objeto, mas na imitação do desejo do outro. Este duplo desejo nunca é simplesmente acidental, mas sempre patrocinado pelo desejo do outro. É o desejo do outro que valoriza o objeto.


Uma pessoa imitando o gosto da outra; até a hora em que não haverá “seguidora” e nem “seguida”, a partir daí vai se estabelecer a competitividade. Passada essa etapa, uma das partes vai seguir um caminho novo e esperar que a outra parte vá atrás dela novamente, e se essa parte não for, a rivalidade vai partir para uma relação cada vez mais cheia de disputas para “mostrar quem se destaca mais”.

Exemplo:
Sabe aquela coisa dos adolescentes de seguir os gostos dos amigos? Gostar da banda que o amigo gosta; as meninas gostarem do mesmo artista (garoto), até ao ponto de não saber mais quem 'apresentou' o artista para quem, nesse ponto o mimetismo está em seu ápice, porém, a partir daí se dará a competitividade para ver quem gosta mais do tal artista, medir adoração; quem conseguir 'vencer' essa batalha, vai conquistar um adversário e não mais um companheiro. É nesse hora que o jovem busca ser diferente; procurar gostar de um artista completamente diferente daquele que a turma gostava; vem aquele desejo de não querer que ninguém goste do mesmo artista que ele; se alguém descobre aquela tal banda moderninha que ele ama, passa a nem gostar tanto, despreza, e parte em busca de outra novidade. E por aí segue um desejo de exclusivismo, de diferenciar-se do outro; como diz o Pedro Sette-Camara, “afetar sem ser afetado”.
Fica mais ou menos assim: “Eu não sigo ninguém, tenho gosto próprio, e quando eu gosto da mesma coisa que você, minha razão é muito mais nobre e interessante que a sua.”

A pergunta que surgiu agora; será que o twitter é um sucesso porque ele 'mede' a nossa capacidade de influenciar? O bacana é seguir meia-dúzia e ser seguido por milhares.



No livro também é abordado o tema: Bode expiatório. Que é escolher uma pessoa para pagar por um mal que é coletivo.
Por exemplo:
Quantas pessoas tem algum tipo de preconceito? Creio que todo mundo tem algum tipo de preconceito; branco pelo negro, negro pelo branco, branco pelo índio, índio pelo branco, negro pelo gay, gay pelo gordo, gordo pelo gay, gay pelo negro, gay pelo nordestino, corinthiano pelo palmeirense, feios pelos bonitos, intelectuais pelos fúteis, enfim, dá parA ficar aqui até amanhã escrevendo todos os cruzamentos de preconceitos que possam existir. O bode expiatório nada mais é que, pegar um desses preconceituosos e punir para ser “aquele que vai nos redimir”, “punimos um para aliviar uma culpa que é geral.” Gerando uma falsa sensação de fim da impunidade, sendo que a culpa é geral, ou se não é tão geral assim, pelo menos de muito mais gente do que um só. Mais ou menos como se matando uma pessoa com a gripe suína, acabaria com todo vírus.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Imaginando lugares


(Ogden/Utah - USA)

O Estudioso


Eu acredito que, quem não freqüenta uma universidade (meu caso), teria que tomar para si algum objeto de estudo. Seja através do autodidatismo (que já escrevi aqui no blog), ou freqüentar um curso livre, de sua escolha.
Mas o que estudar?
Qualquer coisa que lhe dê prazer, qualquer mesmo – desde um curso de culinária, bordado, até física, astrologia, enfim, pense somente no prazer de aprender e descobrir sobre um assunto que lhe agrada verdadeiramente, onde você freqüente, ou leia, sem esperar por recompensa, sem precisar impressionar ninguém.
Não precisa de muito esforço, basta saber procurar pelos assuntos; na internet existe uma quantidade bem grande de informações (arquivos com extensão .doc, .pdf, etc).
O que tem consumido parte do meu tempo é estudar e descobrir sobre a interseção entre: sociologia – psicologia – cinema.
Eu não consigo partir para um assunto complexo sem a ajuda e o apoio de alguma coisa que eu já goste (nesse caso os filmes, ou séries de TV). A partir daí as coisa ficam mais fáceis e divertidas, dá até pra cair naquele papo de ‘aprender brincando’.

Chuck Bass & Blair Waldorf


Toda trama de Gossip Girl fica à mercê dessa dupla. Se você por acaso ainda não sabe o que é inveja, ciúmes, desejo de status, mimetismo, soberba, ou outras pequenas maldades burguesas, você tem que conhecer esse lindo casal. Eles garantem cada episódio.

terça-feira, 2 de março de 2010

Paris Hilton como bode expiatório.


Transformaram a Paris Hilton em bode expiatório.
Com todas as mulheres que conversei, acharam 'o fim' uma mulher ser colocada como objeto para vender cerveja.

Aí eu perguntei:
E cachorro pode? Homem bonito pode? Criança fofa pode?
Ah, então é uma tal de hipocrisia!
Bom, por aí dá pra notar que esse 'ultra-feminismo' tá mais com cara de inveja (ou ciúmes). Não precisa ser nenhum gênio pra dizer que: verdade, não tem nada a ver colocar mulher fazendo strip-tease pra vender cereja.

Mas o que desperta a raiva (e censura) nas moças é outra coisa.
Vamos abrir o olho mulherada!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Beleza física X Beleza moral


Sempre me intrigou essa questão; seriamos nós quem somos, se tivéssemos uma outra aparência? Madre Tereza de Calcutá teria sido quem foi se ela tivesse outra beleza, que não fosse a beleza moral? E uma Top Model, se ela não tivesse a beleza física, teria uma outra personalidade?

E se você, moça que lê esse blog, fosse uma cópia da Gisele Bundchen? Teria as mesmas preocupações, os mesmos medos, as mesmas dificuldades que você tem com sua aparência? Sua resposta sendo qual for, fica complicado portanto, julgar se fulana é fútil ou é uma super intelectual bem intencionada porque ela simplesmente quis assim. Não dá pra aferir se aquela pessoa que é tão bondosa, só é bondosa porque a vida não lhe deu muitas escolhas se não o altruísmo, o servir os outros - os caminhos lhe conduziram a bondade involuntáriamente - valendo o mesmo argumento para as futilidades; imagine uma garota rica, nascida belíssima, numa boa família, quais são as chances da mesma seguir um caminho santo ou de entrar para uma igreja?

Não podemos esquecer que são Divinas (a santa e a modelo), e sendo verdade, podemos julga-las melhores ou piores?
Infelizmente para essas questões não tenho resposta.

Diga-me o que vês que te direi quem és.


Não é por saudosismo, mas tirando Gossip Girl, só vejo seriados antigos; Dawson´s Creek, Party of Five (que no Brasil chamava-se O Quinteto), Everwood, The OC – não tenho mais paciência para seriados do tipo Lost ou Heroes, talvez por eu ter sido 'vítima' de Arquivo X e Alias; não caiu mais nessas enrolações, que ficam criando milhares de enigmas e resolvendo poucos, para no final te darem uma resolução frustrante. Prefiro esses seriados com temáticas humanas-dramáticas; uma questão de gosto.